sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Zonas de vertente

As zonas de vertente são zonas de instabilidade geomorfológica, o que implica que os materiais geológicos situados nas zonas superiores tendam a ser mobilizados para zonas inferiores, com consequências graves como a perda de vidas e os danos materiais.

Existem locais onde a erosão é muito acentuada. Isto porque, o declive é igualmente acentuado. O movimento nessas zonas pode ocorrer sob a forma de movimentos materiais soltos ou sob a forma de movimentos de massa.
Os movimentos de massa consistem em deslocamentos, nas zonas de vertente, de grandes volumes de materiais, solo ou de substrato rochoso, devido à acção da gravidade.

Nas zonas de vertente existem permanentes movimentações dos materiais, que podem ser extremamente lentas e imperceptíveis ao longo dos anos ou então, pode verificar-se de forma muito rápida, transferindo para posições mais baixas grandes volumes de rochas e de sedimentos.
A movimentação dos materiais depende de factores naturais e antrópicos.

Factores naturais:
- Inclinação da vertente - quanto maior for a inclinação maior o valor da componente tangencial da força da gravidade;
- O tipo de rocha que constitui a encosta;
- A pluviosidade e o teor de água do solo.




Factores antrópicos:
- Desflorestação;
- Construção de habitações e vias de comunicação;
- Saturação de água dos solos devido à rega excessiva na agricultura.

A ocupação antrópica das zonas de vertente tem de ser realizada de forma planeada. Quando isso não acontece são tomadas medidas de prevenção como as pregagens e a colocação de redes ou muros de suporte com sistemas de drenagem.



. Reflexão:
As zonas de vertente são outro local com risco geológico associado, o homem insiste em construir nesses locais, porque podem usufruir de melhores paisagens. Esquece-se é que para além de estar a prejudicar o ambiente está a criar as condições propícias para ter danos materiais ou mesmo a perda de vidas humanas. Assim, conclui-se que a ocupação antrópica do meio natural exige que se conheça a composição e as estruturas geológicas da área ocupada e ter parâmetros de previsão segura do comportamento dos materiais geológicos envolvidos. Salienta-se que a melhor solução é não construir em vertentes, nem em orlas costeiras ou leitos de cheia de rios.

. Fontes:
http://www.netxplica.com/

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Notícia #17

Europeus mais sensíveis aos doces

Os europeus são mais sensíveis que asiáticos e africanos a detectar açúcar nos alimentos através do paladar, revela um estudo publicado pela Science e levado a cabo por cientistas do National Institute on Deafness and Other Communication Disorders in Bethesda, Maryland.
Os cientistas perceberam ainda que nas zonas mais a norte do globo, é necessária uma maior capacidade de detectar doces para encontrar calorias.


Liderados por Alexey Fushian, os investigadores questionaram 144 pessoas, com diversos tipos de antepassados, para classificarem a doçura de nove soluções que continham entre zero a quatro por cento de açúcar. A sensibilidade à sacarose dos voluntários mostrou-se amplamente associada a duas variantes do gene TAS1R3, que desempenha um papel relevante na codificação do principal receptor de hidratos de carbono de sabor doce.

Os cientistas cruzaram então os resultados com uma a colecção de ADN de 1050 pessoas de todo o mundo – pertencente à base de dados genética francesa CEPH – e descobriram que a maioria dos europeus possui as duas variantes do gene correspondentes à sensibilidade à doçura. As variantes estão menos difundidas na Ásia e Médio Oriente e têm menor grau de prevalência em África.

O co-autor do estudo, e também geneticista, Dennis Drayna admite que a disparidade pode ter alguma relevância em termos evolutivos. “As pessoas que estudam dietas e evolução, salientaram que a maioria das plantas com elevados valores de açúcar, como a cana-do-açúcar, são plantas tropicais”, explicou à Science. Por esse motivo, acrescentou, “em latitudes mais a norte, há que ter maior sensibilidade ao açúcar para encontrar calorias”.

. Reflexão:
É um estudo interessante. Em cada continente, há especificidades climáticas que condicionam vários factores, como a sensibilidade ao açúcar. Podemos dizer que a característica de detectar o grau de sacarose nos doces, expressa-se através do fundo genético de uma população e assim também é possível distinguir as variações entre populações de diferentes continentes, que estão separadas geograficamente.



. Fontes:
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=33817&op=all#cont

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Zonas costeiras

As zonas costeiras ou zonas da orla marinha caracterizam-se por uma intensa actividade geológica causada pelo mar.


Formas de Erosão

Resultam do desgaste provocado pelo impacto dos movimentos das águas do mar sobre a costa, a que se dá o nome de abrasão marinha. Os efeitos da abrasão são especialmente notórios em costas altas e escarpadas, as arribas. A abrasão marinha faz-se sentir sobretudo na base da escarpa em contacto com o mar, onde o material rochoso é retirado mais intensamente. À medida que a base da arriba vai sendo erodida, o peso das camadas superiores provocam o seu abatimento originando uma acumulação de detritos nas zonas mais baixas, a plataforma de abrasão.
Outras consequências da abrasão marinha são as cavernas, leixões e os arcos litorais. A natureza do material rochoso, o seu grau de dureza e compactação, a orientação e a posição dos estratos condicionam a velocidade da abrasão da arriba.



Formas de deposição

Os materiais arrancados pelo mar ou transportados pelos rios vão-se depositar originando as praias, restingas, ilhas-barreiras ou tômbolos.


Nas praias, resultantes da acumulação de sedimentos de variados tamanhos e formas, podem ainda se observar as dunas litorais. As dunas são um elemento importante pois impedem o avanço do mar para o interior e constituem ecossistemas únicos, de grande biodiversidade.


Evolução do litoral

A dinâmica das zonas costeiras é condicionada por fenómenos naturais e antrópicos.

Causas naturais:
• alternância entre regressões e transgressões marinhas, com variação do nível médio da água do mar;
• alternância entre períodos de glaciação e interglaciação (acumulação de gelo no Hemisfério Norte e fusão desse gelo, respectivamente);
• deformação das margens continentais devido a movimentos tectónicos, que podem levar ou afundamento e elevação das zonas litorais.

Causas antrópicas:
• o excesso da produção de CO2 provoca efeito de estufa, e consequentemente o aumento do nível médio das águas do mar;
• construção de estruturas de lazer e recreio desordenada na faixa litoral;
• diminuição da quantidade de sedimentos que chegam ao litoral, devido à construção de barragens nos grandes rios;
• destruição das defesas naturais devido ao pisoteio das dunas, à construção desordenada, ao arranque da cobertura vegetal, e à extracção de inertes, entre outros.


Consequências da Ocupação antrópica

Estima-se que as zonas costeiras são ocupadas por 80% da população mundial, isto porque constituem um importante recurso natural onde o Homem obtém alimentos, recursos minerais, lazer e turismo, etc. No entanto, a zona litoral constitui um recurso não renovável à escala humana, sendo a sua gestão caracterizada por uma constante degradação.

A ocupação humana nas zonas costeiras faz-se de forma desordenada, provocando alterações nos ciclos de abrasão (propiciando a erosão acelerada e avanço das águas do mar) e deposições marinhas que potenciam o risco geológico de desabamento de casas e edificações, ameaçando assim a vida humana e destruição de bens. Como consequências, também altera as rotas migratórias destruindo muitos habitats.

Soluções:

Recorrem-se a construções artificias para regularizar os ritmos de abrasão e deposição marinha como por exemplo os esporões (obras transversais à linha de costa), paredões (obras paralelas aderentes à linha de costa) e os quebra-mares (obras destacadas).


Infelizmente, a construção destas obras protege uns locais mas agrava a situação nas zonas costeiras próximas desses locais, conduzindo à necessidade de novas medidas de protecção nessas zonas. É, por exemplo, o caso dos esporões: a construção de esporões na costa ocidental favorece a deposição de sedimentos arrastados pelos correntes a norte do esporão, mas agrava a erosão a sul desse esporão. Como solução constrói-se um campo de esporões, que provoca em certas zonas grandes recuos da linha da costa.
Outra solução, mais económica e menos agressiva que as obras de engenharia, é a alimentação artificial de sedimentos em determinadas praias.
Muitos geólogos defendem a redução ao mínimo ou mesmo a eliminação destas construções de protecção, argumentando que o Homem deve respeitar a dinâmica do litoral.



. Reflexão:
A situação da costa portuguesa é preocupante, nomeadamente no Algarve e no Norte de Portugal. O nosso país tem das melhores legislações a nível de combate aos problemas de ocupação antrópica, no entanto os interesses sobrepõem-se a qualidade ambiental das regiões. Assim, vê-se a construção de casas em arribas com um risco de derrocada iminente, outras Habitações em Dunas e depois a engenharia tenta colmatar as consequências destas atitudes e cria problemas, que por vezes, ainda são maiores. Acabando por afectar outros locais, deste modo, há a necessidade de intervenção e entra-se num ciclo vicioso que mão parece ter fim!!!!




. Fontes:
www.netexplica.com

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Para saber mais... Baunilha

A baunilha (Vanilla planifolia) que utilizamos na nossa alimentação é uma orquídea trepadora tropical e originária do México e da América Central.
Os índios astecas já a usavam e os navegadores espanhóis trouxeram-na para toda a Europa, juntamente com o cacau. Hoje em dia, cultiva-se para comercialização.

Tem um caule comprido, que vai trepando por raízes aéreas e chega até aos 10 metros. As flores são de cor verde e apenas se polinizam por intermédio de um abelha tropical, a melipona, e uma esoécie de colibri mexicano.



. Fontes:
García, Arturo Majadas; Enciclopédia do estudante; Volume 4 – Ecologia ; Santillana Constância; 2008.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Ser vivo da semana... Baobá


Classe: Magnoliophyta

Ordem: Malvales

Família: Malvaceae
Género:
Adansonia


Os baobás (Adansonia) são um género de árvore com oito espécies, nativas da ilha de Madagáscar (o maior centro de diversidade, com seis espécies), do continente Africano e da Austrália.

_DESCRIÇÃO: Alcançam alturas entre de 5 a 25 m (excepcionalmente 30 m), e até 7 m no diâmetro do tronco (excepcionalmente 11 m). Destacam-se pela capacidade de armazenamento de água dentro do tronco, que pode alcançar até 120.000 litros.

_HABITAT: Desenvolvem-se em zonas sazonalmente áridas, e são árvores de folha caduca.

_LONGEVIDADE: Alguns têm milhares de anos, mas dado que a sua madeira não produz anéis de crescimento, é impossível confirmar a idade: poucos botânicos não acreditam nas reivindicações de idade extrema.
_CURIOSIDADE:
Os povos africanos utilizam-nos como fonte de recursos,
o fruto, pão-de-mono (semelhante a um melão de dimensões reduzidas).



Reflexão:
O baobá é uma árvore extraordinária, vários botânicos acreditam que esta árvore pode ter uma longevidade que se estende até aos 3000 anos. Se tal for verdade, estamos perante um ser vivo que já esteve perante várias alterações da habitat, condições climáticas, e que no entanto sobreviveu.
Uma quantidade relevante de baobás encontra-se no Delta de Okavango, esta região com clima subtropical é considerado um «oásis», que alberga diversas espécies, por isso esta árvore também se encontra em locais excepcionais, em que se verifica harmonia entre os seres vivos e a paisagem deslumbrante.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Baob%C3%A1

sábado, 23 de janeiro de 2010

Notícia #16


Se algumas espécies desaparecessem, a Humanidade terminava em poucos meses

A perda de biodiversidade tornou-se um problema muito sério no mundo moderno e, por causa da actividade do Homem, deu-se uma quebra no habitat de muitas plantas e animais que, consequentemente, não sobreviveram. A ciência é crucial para salvar os seres em risco, mas não é suficiente sem uma intervenção política em tempo útil. Por isso, para lembrar a importância da Biodiversidade e mobilizar consciências mundiais, 2010 foi escolhido para ser o Ano Internacional da Biodiversidade .

A multiplicidade de seres, existentes hoje, resulta de quarto mil milhões de anos de evolução de várias espécies e a ligação que estes mantêm entre si assenta numa regra simples: todos são necessários – e este é o princípio básico para manter a vida na Terra. Cada animal ou planta desempenha um papel que torna o sistema de funcionamento da Natureza perfeito ou, pelo menos, mantinha até o ser humano começar a ‘fazer mudanças’.

Já o biólogo O. E. Wilson, da Universidade de Harvard (EUA), dissera que os insectos são tão importantes que se viessem a desaparecer, "a humanidade provavelmente não sobreviveria para além de uns poucos meses".


A afirmação é taxativa e a explicação é simples: tendo em conta que a Biodiversidade se refere à variedade de vida no planeta Terra e às funções ecológicas executadas pelos organismos nos ecossistemas – inclui a totalidade dos recursos vivos, biológicos, e genéticos e os seus componentes –, a espécie humana depende dela para a sua sobrevivência. E não se trata apenas de uma questão de cadeia alimentar.

Por exemplo, se as aranhas desaparecessem todas ou grande parte delas, o número de insectos aumentaria e gerariam pragas – que devastariam campos de cultivo, acabando com o sustento de várias famílias, espalhando doenças que se iam multiplicando e ficávamos sem meios para travar a maior parte dos vírus que daí adviessem, já que os insectos são os maiores transmissores de patologias.



. Reflexão:
Para a Natureza todos os seres são úteis e têm razão de ser, fazendo parte de um contexto geral no qual o próprio humano tem o seu lugar. A realidade é que todos temos a nossa função no ecossistema e nos últimos tempos a do Homem parece que é a de destruir o seu ecossistema. No espaço do meu blog «Ser vivo da semana», quase sempre se constata que o organismo apresentado está em perigo de extinção, na maioria das vezes por culpa do homem, que acaba por ser o principal exterminador de espécies e habitats.
Exemplos de animais e plantas fundamentais à manutenção da vida na Terra são imensos, um deles é a abelha. Ela tem um importante papel polinizador e é indispensável na manutenção da diversidade de espécies vegetais e para a reprodução sexual das plantas.
Durante as suas visitas às flores, estes insectos transferem o pólen de uma para outra, promovendo a chamada polinização cruzada (os grãos de pólen caem e atingem o estigma, o elemento feminino da flor, provocando a sua fecundação) e é nesse momento que ocorre a troca de gâmetas entre as plantas. Uma boa polinização garante a variabilidade genética dos vegetais e a formação de bons frutos.
As células existentes no ovário da flor desenvolvem-se, geram frutos e sementes que, germinando, fazem nascer novas plantas, garantindo a continuidade da vida vegetal. No Entanto, a sua função não se esgota aqui, porque as abelhas também são responsáveis pelo fornecimento de geleia real, mel, pólen,… Todos estes produtos aproveitados como alimento ou com finalidades medicinais.
Não nos podemos esquecer, que não é possível analisar as diferentes espécies isoladas, pois existem as mais variadas relações relativamente ao Homem, animais, plantas. Todos têm um papel na preservação da biosfera. Na minha opinião, neste ano a Humanidade tem a obrigação de reflectir sobre os erros que cometidos e tentar mais do que nunca implementar medidas que não cedam a interesses políticos e económicos. Só, assim, estaremos a assegurar a biodiversidade do nosso planeta e a «transmissão de um planeta saudável» às gerações futuras!!!!

. Fontes:

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=38919&op=all#cont

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Bacias hidrográficas

Ao longo do tempo, as populações foram-se fixando juntos às margens dos rios, uma vez que constituem vias de comunicação, fornecendo água para uso doméstico, agrícola e industrial, sendo também uma fonte de alimento e nas suas margens existirem solos muito férteis.

Uma bacia hidrográfica ou bacia de drenagem de um curso de água é o conjunto de terras que fazem a drenagem da água das precipitações para esse curso de água (rio).

O conceito de rede hidrográfica que designa o conjunto de todos os cursos de água ligados a um rio principal.

Os rios desempenham uma tripla função a nível geológico:

- Meteorização é o processo natural de decomposição ou desintegração de rochas e solos, e seus minerais constituintes, por acção dos efeitos químicos, físicos e biológicos que resultam da sua exposição aos factores ambientais.

- A Erosão é a destruição do solo e seu transporte em geral feito pela água da chuva, pelo vento ou, ainda, pela acção do gelo, quando este actua expandindo o material no qual se infiltra a água congelada. A erosão destrói as estruturas (areias, argilas, óxidos e húmus) que compõem o solo.

- Sedimentação consiste na deposição dos materiais ao longo de todo o leito do rio desde a nascente, até à foz. É ordenada de acordo com as dimensões e peso dos detritos, bem como pela velocidade da corrente. Após a deposição os detritos são chamados de sedimentos, sendo que estes se depositam mais a montante, no caso de serem de maiores dimensões e mais a jusante se forem de menores dimensões.


Utilização de Barragens

Uma barragem é uma barreira artificial, feita em cursos de água para a retenção de grandes quantidades de água. Utiliza-se sobretudo para abastecer águas de zonas residenciais, agrícolas, industriais, produção de energia eléctrica (energia hidráulica), ou regularização de um caudal.


A pressão sobre os recursos hídricos obrigou à construção de barragens de forma a armazenar a água na albufeira, trazendo com isso benefícios e problemas.

Vantagens:
- Prevenção contra possíveis inundações.
- Abastecimento de água às populações.
- Aproveitamento da energia produzida (energia hidroeléctrica)

Desvantagens:
- Os materiais transportados vão-se depositando ao longo do rio diminuindo a capacidade de armazenamento de água da barragem.
- Aumento da erosão vertical a jusante da barragem.
- Não deposição de uma quantidade de detritos considerável no mar, o que se traduz num avanço do mar contrapondo-se ao recuo das praias.
- Curto período de “vida útil” e problemas de segurança após esse período.
- Problemas de segurança


. Reflexão:

O ordenamento de território é importantíssimo para que se possa preservar as características da região, nomeadamente aquelas inerentes à fauna e flora locais, mas também às de forro paisagístico.
É neste campo, que o homem, principalmente, as autarquias têm de implementar medidas que não fiquem submetidas a interesses superiores, só assim estaremos a preservar o nosso aquilo que nos rodeia e a garantir que as gerações futuras terão um planeta com as mínimas condições de habitabilidade. Se por exemplo, as pessoas não construíssem no leito de um rio, estariam a preservar o meio ambiente, mas também a salvaguardar os seus bens, pois não estariam expostas a inundações. Exemplos como este existem muitos, ao longo deste período espero conseguir alertar os seguidores do blog para outros assuntos que danificam a crusta terrestre!!!!

É importante salientar que para que a barragem seja utilizada para determinados fins, como a drenagem de campos agrícolas é necessário que se façam investimentos nos equipamentos adequados à condução da água da albufeira para os campos. Não basta construir a barragem,como o que se sucedeu na Barragem do Alqueva.

Um novo tema… A GEOLOGIA

Tal como no ano anterior, abordarei também a componente de biologia no «BioTERRA». Vamos conhecer em que medida a intervenção antrópica nos ecossistemas, pode prejudicar fauna e a flora locais, mas também perceber as consequências que certas atitudes podem ter a longo e a curto prazo.
Durante este ano, ainda nos debruçaremos sobre os recursos geológicos e voltaremos a estudar as rochas magmáticas, sedimentares e metamórficas, mais profundamente.
Considero que a geologia é uma ciência bastante «atractiva», nas primeiras aulas já possível aplicar os conhecimentos do quotidiano para perceber quais os principais problemas de ordenamento e reflectir sobre os grandes erros que são cometidos nosso país e particularmente na região Norte.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Documentário: O que Darwin não sabia VIII



. Reflexão:

O homem é tão diferente das moscas, mas partilha a o mesmo gene pax6, os geneticistas concluíram que não era apenas com estes insectos, mas com todos os seres vivos. O «olho» só terá evoluído uma vez, a partir de um simples há milhões de anos. Tal como, o pax6 existem outros genes que são universais.
Neste campo, os argumentos embriológicos vêm demonstrar que nas primeiras fases da vida, tanto as moscas como seres humanos são muito parecidos e a estrutura é determinada pelos mesmos genes, só que o mecanismo humano é mais complexo.
Perante novos conhecimentos novas ciências surgem como a biologia evolutiva do conhecimento que tenta conhecer os programas genéticos dos ancestrais das espécies actuais.
Na minha opinião, saber que vários embriões começam a vida da mesma maneira, mas que são as pequenas diferenças na actividade dos genes é que determinam a formação de criaturas completamente distintas, é fascinante. Interpretar todas estas fases perante a biologia evolutiva ainda mais.
Conclui-se que a curto prazo os organismos evoluem, mas a longo prazo desenvolvem a capacidade de evoluir!!!


domingo, 17 de janeiro de 2010

Ser vivo da semana... Tartaruga das Galápagos


Nome científico: Geochelone nigra

Família: Testudinidae

Ordem: Chelonia

Estado: Vulnerável


_DESCRIÇÃO: As tartarugas dos Galápagos são as maiores do mundo, pesam mais de 400 kg. Têm um pescoço muito comprido, uma enorme carapaça e umas extremidades de grandes dimensões.
_REPRODUÇ
ÃO: Na época de reprodução, o macho procura fêmeas e elas fazem uma cavidade que utilizam como ninhos para a sua postura de ovos.
_CONSERVAÇÃO:
Apesar de ser uma espécie muito antiga, encontra-se em situação vulnerável devido à introdução na ilha de espécies predadoras, como ratos e gatos, e também pela competição pelo alimento que tem com as cabras e outros herbívoros.

. Reflexão:
A tartaruga das Galápagos é uma espécie endémica desta região. Quando pensamos em Galápagos surge logo Darwin, e na minha opinião correctamente. Foi este naturalista que identificou este quelónio, mas o seu trabalho no reconhecimento de espécies não terá ficado por aqui, estima-se que Darwin terá descoberto cerca d 200 espécies, destacando-se os tentilhões e as tartarugas desta Arquipélago.
Curiosamente, quando reparei que esta espécie estava em vias de extinção relembrei-me da selecção natural, só aqueles com as características mais vantajosas sobrevivem, alimentam-se melhor, vivem mais e reproduzem-se em maior número. É isto que está a acontecer na população destas tartarugas, que estão ameaçadas por predadores e competem pelo alimento. Aquelas que têm mais vantagens perante o meio são as que vingam na «luta pela sobrevivência».

. Fontes:

García, Arturo Majadas; Enciclopédia do estudante; Volume 4 – Ecologia ; Santillana Constância; 2008.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Sistema de Classificação mais recentes

Sistemas de classificação posteriores ao de Whittaker vieram propor a criação de grupos superiores ao reino, designados por super-reinos ou domínios. Isto devido à comparação de novos dados, como os moleculares (sequências nucleotídicas, de genes ou de aminoácidos em proteínas), que inferem nas relações evolutivas.
A classificação em três domínios reconhece dois domínios incluindo organismos procariontes e apenas um domínio para os eucariontes. Ao Domínio Bacteria corresponde o Reino Eubacteria, ao Domínio Archaea corresponde o Reino Archaebacteria e ao Domínio Eukarya correspondem os Reinos Protista, Fungi, Plantae e Animalia.
Os protistas constituem um grupo muito diversificado, existindo sistematas que propõem a divisão deste grupo em vários reinos.
As sequências genéticas indicam que Archaea tem uma combinação de genes semelhantes a Bactéria e a Eukarya, estando mais relacionado com Eukarya do que com Bacteria.


. Reflexão:
Conclui-se que a classificação de organismos é um processo contínuo gradual e susceptível a mudanças. É importante perceber que definir as categorias mais elevadas da classificação (domínios e reinos da vida) é um trabalho em progresso. Devemos, contudo, considerar os grupos taxonómicos e árvores filogenéticas "hipóteses" em que são usados dados disponíveis para traçar a história da vida.
. Fontes:
http://www.netxplica.com/

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Sistema de Classificação de Whittaker (modificado)

Este sistema é o que tem encontrado maior receptividade. Desenvolvido em 1969, foi posteriormente modificado, sendo apresentado com essas alterações em 1979. A grande diferença entre estas duas versões refere-se à posição das algas. Inicialmente distribuídas entre os reinos Protista e Plantae, consoante fossem, respectivamente, unicelulares ou pluricelulares, foram colocadas no Reino Protista. No entanto, algumas algas são pluricelulares, apesar da sua simplicidade estrutural. O Reino Protista, por passar a incluir seres multicelulares de baixo grau de diferenciação celular leva muitos autores a sugerirem o nome de Protoctista para este reino.


São três os critérios em que se fundamenta a classificação em cinco reinos:
- Níveis de organização celular – considera o tipo de estrutura celular procariótica ou eucariótica, se há seres eucariontes unicelulares, coloniais ou multicelulares com baixo grau de diferenciação celular e seres multicelulares.
- Tipo de nutrição – processo de obtenção do alimento (autotrofismo, heterotrofismo por ingestão ou absorção).
- Interacções nos ecossistemas – distinguindo os seres produtores dos seres consumidores (macroconsumidores e microconsumidores que ao consumirem a matéria orgânica devolvem ao meio matéria inorgânica – decompositores ou saprófitas como fungos, bactérias, e alguns protistas).

O quadro seguinte refere as principais características dos cinco reinos do sistema de Whittaker modificado (1979).



. Reflexão:
Utilizando como critérios de classificação os níveis de organização estrutural , os tipos de nutrição e interacções nos ecossistemas , Whitakker propôs, uma reformulação do seu anterior sistema. Nesta modificação realça-se o facto de o Reino Protista passar a integrar algas. O sistema de Whitakker modificado reuniu grande consenso entre os biólogos e actualmente ainda é aceite. No entanto, muitos apontam a necessidade de revisão, uma vez que integra todos os procariontes no Reino Monera (existirão duas linhas distintas destes).

. Fontes:

http://www.netxplica.com/

Documentário: O que Darwin não sabia VII


. Reflexão:
Os fósseis contam a história do nosso planeta, desta vez, contaram-nos a evolução da baleia desde a sua ancestralidade até aos dias de hoje e contribuíram para a construção da árvore filogenética deste animal. Também aliada à paleontologia e à comparação da anatomia esteve a genética, nomeadamente a hibridação de DNA, que permitiu concluir que o parente mais próximo deste cetáceo era o hipopótamo.
Um dos assuntos que gerou mais controvérsia foi sem dúvida a descendência do homem, a partir do macaco. Darwin já sabia, Haeckel deu a denominação ao intermediário entre o macaco e o homem e Dubois descobriu este fóssil, o homo erectus. A comparação do DNA do homem com os dos símios permitiu saber que nos aproximávamos mais do chimpanzé. Um bébé desta espécie é muito semelhante ao humano.
Esta árvore biológica cada vez mais próxima da realidade é revelada pelo registo fóssil e pelo DNA.
Neste vídeo, aborda-se também um novo tema «formas incontáveis», é o início das mutações, da sua relação para com a vida e da genética no mundo da vida.
Nunca pensei que este documentário exigisse tanto empenho e dedicação da minha parte, mas a verdade é que estou a aprender muito e a conhecer uma das mentes mais brilhantes no mundo da biologia, assim como outras que colmataram os seus trabalhos. Faltam dois episódios para o fim, espero que quem tem acompanhado esta sequência que esteja a gostar tanto, como eu!!!!!!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Evolução dos sistemas de classificação

Os sistemas de classificação podem ser entendidos como formas de organização de dados respeitantes aos seres vivos que se pretendem classificar. Esta organização depende de critérios que vão sendo revistos ao longo do tempo, o que torna transitórios os sistemas de classificação que reflectem a visão dos seus autores e da comunidade científica de dada altura.

Desde Aristóteles até meados do séc. XIX, os biólogos dividiram os seres vivos em dois reinos: Plantae e Animalia. Aristóteles considerou critérios como: unicelularidade ou pluricelularidade, fototrofismo, heterotrofismo, seres com ou sem locomoção. No entanto, esta classificação tinha algumas limitações como o facto das bactérias, euglenas e fungos estarem incluídos no Reino Plantae. Isto porque, há bactérias que não realizam fotossíntese; fungos que não são fotossintéticos e com parede celular de natureza não celulósica; e o facto das euglenas, apesar de fotossintéticas, terem locomoção.

Com o avanço do microscópio, em 1866 o biólogo alemão Ernest Haeckel propôs um terceiro reino, o Reino Protista que incluía as bactérias, protozoários e fungos, cujas características não são nem de animais nem de vegetais.

Posteriormente, Herbert Copeland introduziu um novo reino, o Reino Monera, considerando um novo critério: seres procariontes e eucariontes.


No entanto, a maioria dos biólogos, até meados do séc. XX, continuou a basear-se na classificação em dois reinos, ignorando as outras propostas.
Só na década de 60 do séc.XX, devido a conhecimentos obtidos por técnicas bioquímicas, e pela microscopia electrónica, a relação dos reinos dos seres vivos mudou, e em 1969 apareceu uma nova classificação dos seres vivos. O ecologista americano Robert H.Whittaker passou a incluir os seres vivos em cinco reinos, em que os fungos passam a constituir um reino independente, designado de Fungi. Este sistema de classificação era coerente, quer com o registo fóssil, quer com os dados moleculares mais recentes.




. Reflexão:
Da classificação em dois reinos evolui-se para classificações em três, quatro, cinco e reinos. Todavia na actualidade muitos sistematas usam na classificação um nível superior ao reino, o domínio, brevemente me aprofundarei este tema, desde já é importante referir que os três domínios podem incluir conforme os investigadores vários reinos. Isto mostra-nos que a classificação não é uniforme perante toda a comunidade científica e que surgem alterações consoante novos conhecimentos e estudos, foi isso que aconteceu com os reinos!!!!



. Fontes:
García, Arturo Majadas; Enciclopédia do estudante; Volume 4 – Ecologia ; Santillana Constância; 2008.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Documentário: O que Darwin não sabia VI



. Reflexão:
Neste vídeo mais uma vez, se faz referência a teorias que Darwin tinha, mas que não as podia provar, como por exemplo, reconstituir a origem da vida e explicar a razão pela qual certas rochas não guardavam vestígios de seres vivos, que teriam vivido naquele período. Ele tinha a certeza que as gerações futuras iriam continuar aquele trabalho e comprovar os seus pensamentos. Achei particularmente interessante, o facto do darwinismo ser entendido como uma espécie de religião, tendo também os seus fervorosos discípulos, como é o caso de Haeckel. Foi este alemão que forneceu um dos argumentos mais fortes da sua «religião», os argumentos embriológicos, dado que conclui que os seres vivos enquanto embriões apresentavam características muito semelhantes, o que indiciava uma origem comum. Também descobriu que os animais teriam um ancestral comum «gastrea» (seria uma célula) e organizou-os em árvores filogenéticas, tendo em consideração, os factores tempo e evolução.
Realça-se ainda a descoberta do DNA como argumento evolucionista, consequentemente como uma base do Neodarwinismo. Acredita-se que a partir da sequenciação do genoma é possível relacionar a evolução das espécies e assim ter uma nova narrativa da história da vida!!!!

Notícia #15


Manga poderá ser relevante no combate do cancro

Investigadores do Texas Agrilife Research concluíram que a manga, apesar do seu baixo teor antioxidante, pode ter um impacto positivo na luta contra alguns tipos de cancro.
Foram realizados testes in vitro para analisar extractos de polifenóis (substancias ligadas a diversos benefícios para a saúde) de cinco das variedades mais comuns desta fruta, sendo que os cientistas descobriram que estes componentes tinham algum impacto sobre as células do cancro da próstata, pulmão e da leucemia. Contudo, o efeito mais notável foi observado em células do cancro da mama e do intestino.


“O que descobrimos é que nem todas as linhas de células são sensíveis na mesma medida a um agente anti-cancerígeno, mas as linhas do cancro da mama e do cólon tiveram apoptose, ou morte celular programada”, explicou a investigadora SusanneTalcott, da instituição responsável por esta descoberta, acrescentando que os polifenóis da manga não prejudicavam as células saudáveis.

Neste estudo foi ainda verificado que o ciclo celular foi interrompido pela acção do extracto de manga, o que de acordo com SusanneTalcott, poderá ser fundamental para a criação de um processo que permita prevenir ou interromper a reprodução de células cancerígenas.

Os investigadores ambicionam agora poder realizar um ensaio clínico com pessoas com inflamações nos intestinos, propensos assim a um maior risco de cancro. “Se houver alguma eficácia comprovada, então faremos um estudo mais abrangente para verificar se esta experiência tem relevância clínica”, afirmou a investigadora.


. Reflexão:
A ciência não pára e estudos como estes são muito importantes para que doenças tão profundas a nível psicológico e físico, deixem de ser dos maiores problemas que a medicina enfrenta. Através desta investigação pode-se concluir que a manga gera efeitos na divisão celular, nomeadamente na mitose, intervindo positivamente no ataque ao cancro, já que não se verifica a proliferação deste, mas a morte das células cancerígenas.


. Fontes:
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=38715&op=all

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Identificação de árvores no jardim da escola

Neste período, vou dedicar um espaço do meu portefólio às aulas laboratoriais, por isso, vou trabalhar neste sentido desde o início.

A actividade que nos foi proposta é diferente daquilo que estamos habituados e exige a nossa intervenção no terreno, assim como conhecimentos adquiridos na unidade «Sistemática nos Seres Vivos», aliados aos informáticos.

Neste projecto vamos estudar algumas árvores do recinto escolar e caracterizá-las mediante diversos critérios (a forma da árvore, o aspecto do tronco e das folhas,…). Numa fase posterior com os dados recolhidos no campo, classificaremos as árvores, organizaremos um herbário e uma base digital informativa deste tema. No final, esperamos contribuir para a biodiversidade da escola com novas plantas, que consigamos repor a sinalética de cada espécie e que estejamos conscientes de boas práticas para a preservação dos seres vivos em estudo.

Hoje já começamos a trabalhar na «Identificação das Árvores do Jardim da Escola», ficam aqui algumas fotografias…


É importante referir que já nos fomos apercebendo de alguns aspectos, nomeadamente quais os efeitos das boas e das más podas, do tipo de folhas existentes (perenes ou caducas), que existem mais árvores na escola do que aquelas que pensávamos, entre outros.

Vamos também desenvolver uma investigação idêntica a esta na Barragem de Queimadela.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Documentário: O que Darwin não sabia V




. Reflexão:
Neste vídeo, realça-se a biodiversidade de um dos maiores lagos africanos, em que se refere a incerteza inerente ao número de espécies que habitam àquele ecossistema. Assim, os conhecimentos da sistemática aplicar-se-ão para classificar todos os ciclídeos daquele habitat, cujo o ancestral terá sido comum.
Cem anos depois de Darwin, no Neodarwinismo, a selecção natural triunfa.
Mesmo situações como as de altruísmo que pareciam abalar esta nova concepção são solucionadas, os cientistas defendem que cada indivíduo obedece aos seus genes, moldados por selecção natural. Aplicando-se também ao homem nos seus diferentes comportamentos.
Esta parte termina com à alusão de que toda a história evolutiva se traduz numa árvore. Podemos, então, concluir que diversos organismos têm uma origem comum, ou mesmo que, a vida tem uma única origem!!!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sistemática dos seres vivos

A sistemática dedica-se à descrição da biodiversidade e compreensão das relações filogenéticas entre os organismos. Em biologia, os sistematas são os cientistas que classificam as espécies em taxa a fim de definir o modo como eles se relacionam evolutivamente.

O objectivo da classificação dos seres vivos, chamada taxonomia, foi inicialmente o de organizar as plantas e animais conhecidos em categorias que pudessem ser referidas. Posteriormente a classificação passou a respeitar as relações evolutivas entre organismos, organização mais natural do que a baseada apenas em características externas. Para isso se utilizam também características ecológicas, fisiológicas, e todas as outras que estiverem disponíveis para os taxa em questão. É a esse conjunto de investigações a respeito dos taxa (plural de taxon) que se dá o nome de Sistemática. Nos últimos anos têm sido propostas classificações baseadas na semelhança entre genomas, com grandes avanços em algumas áreas, especialmente quando se juntam a essas informações aquelas oriundas dos outros campos da Biologia.


Tipos de sistemas de classificação




A classificação dos seres vivos é parte da sistemática, ciência que estuda as relações entre organismos, e que inclui a preservação e estudo de espécimes, e a análise dos dados vindos de várias áreas de pesquisa biológica.

Os grupos hierárquicos (taxa) estabelecidos por Lineu no seu sistema Sytema Naturae, ainda hoje são usados. Consideram-se sete grupos taxonómicos principais: Reino- Classe - Ordem - Família - Género - Espécie.

Nomenclatura é a atribuição do nome (científico) a organismos e às categorias nas quais são classificados.

Nomenclatura binomial

O sistema actual identifica cada espécie por dois nomes em latim: o primeiro, em maiúscula, é o género, o segundo, em minúscula, é o restritivo específico. Os dois nomes juntos formam o nome da espécie. Os nomes científicos podem vir do nome do cientista que descreveu a espécie, de um nome popular desta, de uma característica que apresente, do lugar onde ocorre, e outros. Por convenção internacional, o nome do género e da espécie é impresso em itálico, o dos outros taxon não. As Subespécies têm um nome composto por três palavras.




. Reflexão:
O nosso mundo alberga as mais variadas espécies, cerca de 2 milhões, no entanto, só uma pequena parte foi documentada e estudada. Existem florestas, como a Amazónica que num m2 contêm diversas espécies desconhecidas da ciência, situações deste tipo demonstram a enorme biodiversidade de que o nosso planeta é dotado. Quanto aos grupos taxonómicos pode concluir-se que, a categoria mais abrangente, que apresenta maior amplitude é o reino, pois é aquela mais heterogénea e que engloba muitas espécies. Em oposição, a categoria com menor capacidade de inclusão, mas mais uniforme é a espécie, que constitui a unidade de classificação biológica.


. Fontes:
García, Arturo Majadas; Enciclopédia do estudante; Volume 4 – Ecologia ; Santillana Constância; 2008.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Neodarwinismo


A Teoria Sintética da Evolução ou Neodarwinismo foi formulada por vários pesquisadores durante anos de estudos, baseando-se principalmente nas noções de Darwin sobre a selecção natural e incorporando noções actuais de genética. A mais importante contribuição individual da Genética, extraída dos trabalhos de Mendel, substituiu o conceito antigo de herança por meio da mistura de sangue pelo conceito de herança por meio de partículas: os genes.

Esta teoria baseia-se em quatro processos básicos da evolução: mutação, recombinação, genética, selecção natural, isolamento reprodutivo.

Os três primeiros são responsáveis pelas fontes da variabilidade; os dois últimos orientam as variações em canais adaptativos.

Pontos básicos da teoria moderna:

a) As variações de uma espécie dependem de mutações.

b) As mutações ocorrem ao acaso.

c) A luta pela sobrevivência dá-se entre os indivíduos e o meio ambiente.

d) Da luta pela sobrevivência, resulta a selecção natural dos mais aptos ou adaptados às condições do meio.

e) O isolamento geográfico ou sexual impede que as características do tipo novo misturem-se com as características do tipo primitivo.

. Reflexão:
O neodarwinismo é um assunto que vem a ser já retratado num dos espaços do meu blog, no documentário «O que Darwin não sabia», no entanto, achei importante abordá-lo de uma mais forma sintetizada. Na teoria darwinista havia lacunas, como o motivo pelo qual surgia uma variação ou o modo de como era transmitida uma variação hereditária, só com os conhecimentos da genética é que foi possível colmatar estas falhas. Temos, assim também de destacar o papel de Mendel nesta área, considerado o pai da genética.

. Fontes:
http://www.infopedia.pt/$neodarwinismo

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Documentário: O que Darwin não sabia IV




. Reflexão:
Nesta quinta parte, conclui-se a explicação da relação entre a hereditariedade e os caracteres que são transmitidos de geração em geração, através das leis matemáticas de Mendel. As descobertas do pai da genética serviram de suporte à selecção natural, que tanto precisava.
Conhece-se também Fisher, que transformou a selecção natural numa espécie de fórmula e que a comprova com o caso da coloração das borboletas Biston betularia. Através destas foi possível demonstrar que realmente a selecção natural existia, mas também o seu grande poder. Fisher foi um génio que teve obsessões absurdos, mas os seus estudos serviram para a aperfeiçoar a teoria de Darwin, contribuindo, consequentemente para o Neodarwinismo.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Argumentos a favor do evolucionismo: Bioquímicos


Nos últimos anos, os estudos de natureza bioquímica vieram dar um impulso notável à argumentação evolucionista, não só quantitativamente mas qualitativamente.
As provas bioquímicas apoiam a evolução na medida em que reforçam a ideia de origem comum dos diferentes grupos de seres vivos. Estes argumentos baseiam-se:

- No facto de todos os organismos serem basicamente constituídos pelo mesmo tipo de biomoléculas (proteínas, lípidos, glícidos, ácidos nucleicos);

- O facto do DNA e o RNA serem centrais no mecanismo global de produção de proteínas onde intervém um código genético universal;
- Universalidade do ATP como energia biológica utilizada pelas células;
- Existência de outras vias metabólicas comuns para além da síntese proteica como os processos respiratórios e modos de actuação das enzimas;


Ao estudarem-se as proteínas percebe-se que, quanto mais próximas evolutivamente se encontrarem as espécies mais semelhanças apresentam ao nível das proteínas. Este estudo também permite que se estabeleçam filogenias, onde se põe a hipótese de que a partir de uma molécula de DNA ancestral comum, por diferentes mutações, surgiram diferentes genes e, consequentemente, a sequência dos aminoácidos é diferente, originando diferentes moléculas.

Outra forma de estimar a proximidade entre espécies é analisando o DNA, através da hibridação do mesmo. Nesta técnica, misturam-se cadeias de DNA desenroladas de espécies diferentes e espera-se que ocorra o emparelhamento.

É também possível estabelecer um grau de parentesco entre diferentes grupos de animais são a partir de dados sorológicos que se baseiam-se nas reacções específicas entre antigenes e anticorpos, através da interpretação dos mecanismos de aglutinação.


. Reflexão:
Podemos dizer que as provas bioquímicas apoiam a evolução na medida em que reforçam a ideia da origem comum dos seres vivos. Na área da bioquímica, realça-se também que quanto maior for a taxa de hibridação de DNA, maior será o grau de parentesco evolutivo.
Nesta postagem, são referidos alguns argumentos que não foram abordados na aula, mas que achei importante, como é o caso, dos mecanismos de aglutinação ouda proximidade entre seres vivos, a nível proteíco.
Existem outros argumentos, como os biogeográficos, segundo o qual, as espécies tendem a ser tanto mais semelhantes, quanto maior a sua proximidade geográfica, ou os citológicos (todos os seres vivos são constituídos por células, o que indicia a origem comum das espécies) ou ainda embriológicos, em que diferentes grupos são bastante semelhantes nas fase embrionária.

. Fontes:
http://www.netxplica.com/

Argumentos a favor do evolucionismo: Paleontológicos

Ao estudar os fósseis confirma-se a presença de espécies extintas, o que contraria a ideia de imutabilidade das espécies (ex: dinossauros, amonites e trilobites).
As descobertas de sequências de fósseis ilustram as modificações sofridas ao longo de um processo de evolução por determinados grupos (Ex: série de cavalo), ajudando a construir árvores filogenéticas.
Existem fósseis que possuem características que correspondem a dois grupos diferentes de organismos, sendo denominados de formas sintéticas. Um exemplo é a Archaeopteryx que apresenta caracteres comuns aos Répteis, dentes e escamas, e às Aves, penas e asas, o que sugere a existência de antepassados comuns para diferentes grupos de seres vivos.


As formas sintéticas também são chamadas de transição porque terão sido a transição de um grupo para outros grupos de organismos. Estas formas permitem documentar que os organismos que hoje se conhecem não são totalmente independentes uns dos outros quanto à origem.

. Reflexão:
Os argumentos paleontológicos são dos dados mais fortes que apoiam o evolucionismo, a existência de fósseis de transição é um argumento de peso, que permite documentar que os organismos da actualidade não são totalmente independentes uns dos outros quanto à origem.
. Fontes:

http://www.netxplica.com/

Argumentos a favor do evolucionismo: Anatomia comparada

A anatomia comparada baseia-se no estudo comparado das formas e estruturas dos organismos com o fim de estabelecer possíveis relações de parentesco entre elas. Essas relações de parentesco ou filogenéticas são evidenciadas pela presença de órgãos homólogos, análogos e vestigiais.

Órgãos ou estruturas homólogas: são órgãos com a mesma origem embriológica, estrutura básica e posição idêntica no organismo, mas que podem apresentar funções e aspectos diferentes. A sua existência explica-se por fenómenos de divergência, que significa que, à medida que os diferentes grupos se iam adaptando a diversos ambientes e nichos ecológicos, sofrendo pressões selectivas diferentes (como a selecção natural, mutação, deriva genética, etc), estes órgãos evoluíram de forma diferente a partir de uma estrutura ancestral comum, que depois passou a desempenhar funções diferentes. Isto reflecte uma evolução divergente. Exemplos disso são os membros anteriores dos Vertebrados.



Órgãos ou estruturas análogas: são órgãos que têm origem embriológica, estrutura e posição relativa diferentes, desempenhando a mesma função e forma. Estes órgãos surgem quando espécies ancestrais diferentes colonizam habitats semelhantes, sofrendo pressões selectivas semelhantes, adquirindo adaptações semelhantes. Isto reflecte uma evolução convergente e um efeito adaptativo da selecção natural. Exemplos de órgãos análogos são os espinhos dos cactos e os das eufórbias.



Órgãos ou estruturas vestigiais: são órgãos que resultam da atrofia de um órgão primitivamente desenvolvido. Nestes órgãos a selecção actua em sentido regressivo, privilegiando os indivíduos que possuem estes órgãos na sua forma menos desenvolvida. Exemplos destes órgãos no ser humano são: o apêndice intestinal, vértebras caudais, músculos auriculares e o dente do siso.


A existência de estruturas vestigiais evidenciam que, ao contrário do que defendem os fixistas, os indivíduos de uma dada espécie não se mantiveram imutáveis, alterando-se ao longo do tempo, sendo seleccionados de acordo com as condições ambientais.


. Reflexão:
São várias as áreas do conhecimento a partir das quais se podem retirar dados que apoiam o evolucionismo, uma delas é a anatomia comparada. Constitui um dos exemplos mais clássicos, pois surgiu aquando da organização dos primeiros sistemas de classificação, que se basearam no grau de semelhança de caracteres morfológicos.

. Fontes:
http://www.netxplica.com/

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