A perda de biodiversidade tornou-se um problema muito sério no mundo moderno e, por causa da actividade do Homem, deu-se uma quebra no habitat de muitas plantas e animais que, consequentemente, não sobreviveram. A ciência é crucial para salvar os seres em risco, mas não é suficiente sem uma intervenção política em tempo útil. Por isso, para lembrar a importância da Biodiversidade e mobilizar consciências mundiais, 2010 foi escolhido para ser o Ano Internacional da Biodiversidade .
A multiplicidade de seres, existentes hoje, resulta de quarto mil milhões de anos de evolução de várias espécies e a ligação que estes mantêm entre si assenta numa regra simples: todos são necessários – e este é o princípio básico para manter a vida na Terra. Cada animal ou planta desempenha um papel que torna o sistema de funcionamento da Natureza perfeito ou, pelo menos, mantinha até o ser humano começar a ‘fazer mudanças’.
Já o biólogo O. E. Wilson, da Universidade de Harvard (EUA), dissera que os insectos são tão importantes que se viessem a desaparecer, "a humanidade provavelmente não sobreviveria para além de uns poucos meses".
A afirmação é taxativa e a explicação é simples: tendo em conta que a Biodiversidade se refere à variedade de vida no planeta Terra e às funções ecológicas executadas pelos organismos nos ecossistemas – inclui a totalidade dos recursos vivos, biológicos, e genéticos e os seus componentes –, a espécie humana depende dela para a sua sobrevivência. E não se trata apenas de uma questão de cadeia alimentar.
Por exemplo, se as aranhas desaparecessem todas ou grande parte delas, o número de insectos aumentaria e gerariam pragas – que devastariam campos de cultivo, acabando com o sustento de várias famílias, espalhando doenças que se iam multiplicando e ficávamos sem meios para travar a maior parte dos vírus que daí adviessem, já que os insectos são os maiores transmissores de patologias.
Para a Natureza todos os seres são úteis e têm razão de ser, fazendo parte de um contexto geral no qual o próprio humano tem o seu lugar. A realidade é que todos temos a nossa função no ecossistema e nos últimos tempos a do Homem parece que é a de destruir o seu ecossistema. No espaço do meu blog «Ser vivo da semana», quase sempre se constata que o organismo apresentado está em perigo de extinção, na maioria das vezes por culpa do homem, que acaba por ser o principal exterminador de espécies e habitats.
Exemplos de animais e plantas fundamentais à manutenção da vida na Terra são imensos, um deles é a abelha. Ela tem um importante papel polinizador e é indispensável na manutenção da diversidade de espécies vegetais e para a reprodução sexual das plantas.
Durante as suas visitas às flores, estes insectos transferem o pólen de uma para outra, promovendo a chamada polinização cruzada (os grãos de pólen caem e atingem o estigma, o elemento feminino da flor, provocando a sua fecundação) e é nesse momento que ocorre a troca de gâmetas entre as plantas. Uma boa polinização garante a variabilidade genética dos vegetais e a formação de bons frutos.
As células existentes no ovário da flor desenvolvem-se, geram frutos e sementes que, germinando, fazem nascer novas plantas, garantindo a continuidade da vida vegetal. No Entanto, a sua função não se esgota aqui, porque as abelhas também são responsáveis pelo fornecimento de geleia real, mel, pólen,… Todos estes produtos aproveitados como alimento ou com finalidades medicinais.
Não nos podemos esquecer, que não é possível analisar as diferentes espécies isoladas, pois existem as mais variadas relações relativamente ao Homem, animais, plantas. Todos têm um papel na preservação da biosfera. Na minha opinião, neste ano a Humanidade tem a obrigação de reflectir sobre os erros que cometidos e tentar mais do que nunca implementar medidas que não cedam a interesses políticos e económicos. Só, assim, estaremos a assegurar a biodiversidade do nosso planeta e a «transmissão de um planeta saudável» às gerações futuras!!!!
. Fontes:
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=38919&op=all#cont