sábado, 5 de junho de 2010

Reservatórios de água subterrânea - aquíferos

A água que circula na Natureza constitui diferentes reservatórios no planeta, como oceanos, rios e glaciares. Chama-se hidrogeologia à ciência que estuda o armazenamento, circulação e distribuição das águas nas formações geológicas, tendo em consideração as suas propriedades físicas e químicas, as suas interacções com o meio abiótico e biológico, e as suas respostas às actividades antrópicas.

O contínuo e interminável movimento da água no nosso planeta constitui o ciclo hidrológico. As águas subterrâneas constituem a componente que não é directamente observada pelo ser humano e também a mais lenta do ciclo hidrológico. Fazem parte de 0,6% do total da água existente na Terra, e são um importante recurso geológico, sendo a sua quantidade e qualidade cruciais para a sobrevivência e saúde das populações humanas.



Através de técnicas apropriadas pode-se ter acesso à água que circula subterraneamente. Chama-se aquífero a uma formação geológica subterrânea que permite a circulação e o armazenamento de água nos seus espaços vazios, permitindo normalmente o aproveitamento desse líquido pelo ser humano de forma economicamente rentável e sem impactes ambientais negativos. São as águas que precipitam sobre a superfície da Terra que se infiltram no solo por acção da gravidade e originam as água subterrâneas. Estas águas podem ser armazenadas em dois tipos de aquíferos: aquíferos livres e aquíferos confinados ou cativos.





Nos aquíferos é possível distinguirem-se as seguintes zonas:

- Nível hidrostático ou freático: profundidade a partir da qual aparece água (corresponde ao nível atingido pela água nos poços). Num aquífero livre o nível freático corresponderá ao limite superior do aquífero, uma vez que a água está à mesma pressão que a pressão atmosférica. Esta zona é variável de região para região e na mesma região varia ao longo do ano

- Zona de aeração: localiza-se entre a superfície topográfica e o nível freático. Nesta zona, os poros entre as partículas do solo ou das rochas são ocupados por gases (ar e vapor de água) e por água. A água desta zona é utilizada pelas raízes das plantas ou pode contribuir para o aumento das reservas de água subterrânea.

- Zona de saturação: tem como limite superior o nível freático e como base uma camada impermeável. Nesta zona, todos os poros da rocha estão completamente preenchidos por água.


. Reflexão:
A quantidade de água que pode ser utilizada pelo Homem constitui, apenas 0,6% daquela que está disponível no planeta, por isso, é necessário fazer uma correcta gestão da sua utilização. Os aquíferos são formações geológicas onde a água está armazenada, estes podem ser livres ou cativos. Assim, podemos concluir que como nos aquíferos livres a sua recarga é realizada ao longo de toda a sua extensão, estes também estão mais vulneráveis à poluição.
O armazenamento e circulação de água num aquífero são tanto mais facilitados quanto maior a porosidade e a permeabilidade da rocha que integram.

. Fontes:
http://www.netxplica.com/

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Notícia #30


«Viagem» a Marte iniciou-se ontem

Uma equipa internacional de cientistas vai passar 520 dias - o tempo necessário para uma viagem de ida e volta a Marte - trancada numa cápsula, para simular uma expedição ao planeta vermelho.

Depois de um ano de treino intenso, a simulação, que começa hoje em Moscovo, não inclui a ausência de gravidade, mas os seis astronautas da Rússia, China, França e Itália vão ficar isolados numa cabine sem janelas e seguindo uma rotina dura. A experiência simula uma viagem de 250 dias a Marte, com 30 dias de explorações na superfície do planeta e outros 240 de viagem de volta.


O projecto conjunto do Instituto de Problemas Biomédicos da Rússia e da Agência Espacial Europeia (ESA), que recebeu o nome de "Marte 500", visa estudar como é que o grupo suporta o confinamento e a convivência com tão poucas pessoas durante longos períodos.

A tripulação vai passar a maior parte do tempo no módulo habitável da nave, uma cápsula de aço do tamanho de um contentor com seis quartos parcamente mobilados. Noutra cápsula, que vai ficar ligada ao módulo habitável, há um ginásio, uma estufa artificial e um armazém de alimentos e água. Uma terceira cápsula será o departamento médico. Há ainda um modelo de um módulo de aterragem em Marte e da superfície deste planeta, onde parte da tripulação permanecerá durante 30 dias, a meio da "viagem".


Para que a experiência se assemelhe o mais possível à realidade, a agência vai simular a avaria de equipamentos e emergências médicas, entre outros problemas. Os homens serão sujeitos a exames psicológicos regulares.

O único contacto que o grupo terá com o mundo externo será através de um rádio ligado à Agência Espacial da Rússia. As conversas demorarão 20 minutos a chegar ao outro lado, o tempo que os sinais levam para ir da Terra a Marte e vice-versa. A comida será enlatada, como a que se come na Estação Espacial Internacional, e os astronautas só poderão tomar um banho em cada dez dias.

No ano passado, uma experiência semelhante foi concluída com êxito em Moscovo, após seis voluntários permanecerem trancados durante 105 dias.

Qualquer um dos participantes na experiência pode desistir a meio da viagem, sendo considerado um “astronauta morto”. Aqueles que chegarem ao fim receberão cerca de 70 mil euros. Ainda não há data certa para uma verdadeira missão tripulada a Marte.



. Reflexão:

Na minha opinião, esta «viagem» identifica-se com os filmes de ficção científica, no entanto pode ser um forma de aproximar uma verdadeira exploração a Marte. A comunidade científica aguarda que, assim seja, no entanto, não nos podemos esquecer que as condições em que se realizam a simulação não são totalmente iguais às do Espaço.

. Fontes:

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=43130&op=all#cont

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Recursos geológicos: energéticos

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. Reflexão:

A evolução tecnológica e social humana, resultou, em grande parte, da progressiva capacidade de utilização das matérias-primas naturais. Hoje em dia, constata-se que por exemplo, os plásticos são derivados de petróleo. Os objectos que utilizamos diariamente provêm de recursos geológicos, por isso, é necessário na actualidade fazer uma correcta gestão dos mesmos para não comprometer as necessidades das gerações futuras. Não nos podemos esquecer que a curto prazo os combustíveis fósseis esgotar-se-ão e como tal há a necessidade de utilizar novas formas de energia, como eólica, solar ou geotérmica. Só deste modo, conseguiremos cumprir as metas de um desenvolvimento sustentável.

domingo, 30 de maio de 2010

Ser vivo da semana... Pirarucu


Nome científico: Arapaima Gigas

Família: Osteoglossidae

Ordem: Osteoglossiformes

Estado: Vulnerável



_ DESCRIÇÃO: Pode medir quase 5 m e pesar até 200 kg. Tem escamas grossas e grandes. A bexiga natatória funciona como um órgão de respiração, com o qual pode tomar ar e sobreviver em águas pantanosas e pobres em oxigénio.

_ ALIMENTAÇÃO: Grande variedade de peixes.

_ HABITAT: Lagos e rios de pouca corrente. Encontra-se nos rios da América do Sul, principalmente na bacia do Amazonas.

_CONSERVAÇÃO: Durante as últimas décadas foram criados programas de reprodução em cativeiro em estabelecimentos de piscicultura no Peru e em alguns países como na Guiana, que realiza uma pesca controlada.

. Reflexão:
O piracucu é o maior peixe de escamas de água doce do mundo e pertence ao grupo dos peixes lênticos, dado que vive em águas paradas. No entanto, está vulnerável à extinção, mais uma vez por culpa do homem, devido, entre outras causas, à sobreexploração pesqueira e à alteração dos habitats aquáticos, pela contaminação através dos resíduos urbanos e industriais.
Este é um peixe que apenas está confinado à zona amazónica, logo se não tivessem sido criados os programas de conservação, já poderia estar extinto. O homem tenta reparar as atrocidades que faz na Natureza, mas a melhor forma de provar que a respeita, é acautelar-se de que não a destrui!!!

. Fontes:
García, Arturo Majadas; Enciclopédia do estudante; Volume 4 – Ecologia ; Santillana Constância; 2008.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Classificação das rochas metamórficas

As rochas metamórficas classificam-se com base na sua textura , pois a composição química e mineralógica não são relevantes para a sua classificação. Assim, determina-se que em termos texturais existem dois tipos principais de rochas metamórficas:rochas foliadas e rochas não foliadas.

A foliação é consequência da acção das tensões dirigidas no metamorfismo regional, e pode estar relacionada com a presença de certos minerais com hábito tabular/lamelar, como as micas. Estas, sob acção de tensões dirigidas (não litostáticas), tendem a ficar orientadas numa posição perpendicular à da tensão que afectou a rocha. Tipos de rochas foliadas são as ardósias, filitos, xistos e gnaisses – por esta ordem crescente de grau de metamorfismo. A foliação da rocha pode ser muito evidente ou mais subtil, sendo necessária, por vezes, uma observação ao microscópio petrográfico para determinar o tipo de textura com maior precisão.


TIPOS DE FOLIAÇÃO:

Clivagem – frequente em rochas de baixo grau de metamorfismo. A clivagem pode ser reconhecida em rochas metamórficas como as ardósias e os filitos. Os processos metamórficos provocam a orientação paralela dos minerais lamelares, como a moscovite e os minerais de argila. Este tipo de estrutura conduz ao aparecimento de planos de clivagem favoráveis à existência de fissilidade (facilidade de a rocha se dividir em lâminas). O filito possui ainda um brilho sedoso/lustroso nas superfícies de foliação, resultante da presença de minerais micáceos.


Xistosidade – frequente em rochas de médio grau de metamorfismo. Ocorre um maior desenvolvimento dos cristais devido ao aumento do grau, nomeadamente de micas, quartzo e feldspatos. Estes minerais são, por isso, mais facilmente distinguidos à vista desarmada. A xistosidade é uma forma de foliação desenvolvida pela orientação paralela de minerais tabulares e lamelares em rochas metamórficas de grão grosseiro, como os micaxistos, que já apresentam menor fissilidade que a ardósia e o filito.
Bandado gnáissico – frequente em rochas de alto grau de metamorfismo. É um tipo de foliação gerada por diferenciação em bandas alternadas de minerais escuros e claros por efeito de tensões dirigidas. O bandado forma-se devido aos intensos fenómenos de recristalização, nomeadamente de minerais não lamelares, como o quartzo e o feldspato, que se vão separando de outros como a biotite e as anfíbolas, formando-se bandas alternadas destes minerais que lhe conferem o bandado característico. Este tipo de foliação pode ser identificada em rochas como a gnaisse.


As rochas magmáticas podem também ser não foliadas ou granoblástica. Rochas como o quartzito, o mármore e as corneanas apresentam textura granoblástica e por vezes ao o resultado de processos metamórficos relacionados com o metamorfismo de contacto.


. Reflexão:
Só as rochas derivadas de metamorfismo regional apresentam foliação. Quanto maior for o grau de metamorfismo, menor a fissilidade da rocha.







. Fontes:
http://www.netxplica.com/
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