quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Evolução dos sistemas de classificação

Os sistemas de classificação podem ser entendidos como formas de organização de dados respeitantes aos seres vivos que se pretendem classificar. Esta organização depende de critérios que vão sendo revistos ao longo do tempo, o que torna transitórios os sistemas de classificação que reflectem a visão dos seus autores e da comunidade científica de dada altura.

Desde Aristóteles até meados do séc. XIX, os biólogos dividiram os seres vivos em dois reinos: Plantae e Animalia. Aristóteles considerou critérios como: unicelularidade ou pluricelularidade, fototrofismo, heterotrofismo, seres com ou sem locomoção. No entanto, esta classificação tinha algumas limitações como o facto das bactérias, euglenas e fungos estarem incluídos no Reino Plantae. Isto porque, há bactérias que não realizam fotossíntese; fungos que não são fotossintéticos e com parede celular de natureza não celulósica; e o facto das euglenas, apesar de fotossintéticas, terem locomoção.

Com o avanço do microscópio, em 1866 o biólogo alemão Ernest Haeckel propôs um terceiro reino, o Reino Protista que incluía as bactérias, protozoários e fungos, cujas características não são nem de animais nem de vegetais.

Posteriormente, Herbert Copeland introduziu um novo reino, o Reino Monera, considerando um novo critério: seres procariontes e eucariontes.


No entanto, a maioria dos biólogos, até meados do séc. XX, continuou a basear-se na classificação em dois reinos, ignorando as outras propostas.
Só na década de 60 do séc.XX, devido a conhecimentos obtidos por técnicas bioquímicas, e pela microscopia electrónica, a relação dos reinos dos seres vivos mudou, e em 1969 apareceu uma nova classificação dos seres vivos. O ecologista americano Robert H.Whittaker passou a incluir os seres vivos em cinco reinos, em que os fungos passam a constituir um reino independente, designado de Fungi. Este sistema de classificação era coerente, quer com o registo fóssil, quer com os dados moleculares mais recentes.




. Reflexão:
Da classificação em dois reinos evolui-se para classificações em três, quatro, cinco e reinos. Todavia na actualidade muitos sistematas usam na classificação um nível superior ao reino, o domínio, brevemente me aprofundarei este tema, desde já é importante referir que os três domínios podem incluir conforme os investigadores vários reinos. Isto mostra-nos que a classificação não é uniforme perante toda a comunidade científica e que surgem alterações consoante novos conhecimentos e estudos, foi isso que aconteceu com os reinos!!!!



. Fontes:
García, Arturo Majadas; Enciclopédia do estudante; Volume 4 – Ecologia ; Santillana Constância; 2008.
Write here, about you and your blog.
 
Copyright 2009 BIOTERRA All rights reserved.
Blogger Templates created by Deluxe Templates
Wordpress Theme by EZwpthemes - Depósito do MP3