Desde Aristóteles até meados do séc. XIX, os biólogos dividiram os seres vivos em dois reinos: Plantae e Animalia. Aristóteles considerou critérios como: unicelularidade ou pluricelularidade, fototrofismo, heterotrofismo, seres com ou sem locomoção. No entanto, esta classificação tinha algumas limitações como o facto das bactérias, euglenas e fungos estarem incluídos no Reino Plantae. Isto porque, há bactérias que não realizam fotossíntese; fungos que não são fotossintéticos e com parede celular de natureza não celulósica; e o facto das euglenas, apesar de fotossintéticas, terem locomoção.
Posteriormente, Herbert Copeland introduziu um novo reino, o Reino Monera, considerando um novo critério: seres procariontes e eucariontes.
No entanto, a maioria dos biólogos, até meados do séc. XX, continuou a basear-se na classificação em dois reinos, ignorando as outras propostas.
Só na década de 60 do séc.XX, devido a conhecimentos obtidos por técnicas bioquímicas, e pela microscopia electrónica, a relação dos reinos dos seres vivos mudou, e em 1969 apareceu uma nova classificação dos seres vivos. O ecologista americano Robert H.Whittaker passou a incluir os seres vivos em cinco reinos, em que os fungos passam a constituir um reino independente, designado de Fungi. Este sistema de classificação era coerente, quer com o registo fóssil, quer com os dados moleculares mais recentes.
. Reflexão:
Da classificação em dois reinos evolui-se para classificações em três, quatro, cinco e reinos. Todavia na actualidade muitos sistematas usam na classificação um nível superior ao reino, o domínio, brevemente me aprofundarei este tema, desde já é importante referir que os três domínios podem incluir conforme os investigadores vários reinos. Isto mostra-nos que a classificação não é uniforme perante toda a comunidade científica e que surgem alterações consoante novos conhecimentos e estudos, foi isso que aconteceu com os reinos!!!!
García, Arturo Majadas; Enciclopédia do estudante; Volume 4 – Ecologia ; Santillana Constância; 2008.