quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Notícia #17

Europeus mais sensíveis aos doces

Os europeus são mais sensíveis que asiáticos e africanos a detectar açúcar nos alimentos através do paladar, revela um estudo publicado pela Science e levado a cabo por cientistas do National Institute on Deafness and Other Communication Disorders in Bethesda, Maryland.
Os cientistas perceberam ainda que nas zonas mais a norte do globo, é necessária uma maior capacidade de detectar doces para encontrar calorias.


Liderados por Alexey Fushian, os investigadores questionaram 144 pessoas, com diversos tipos de antepassados, para classificarem a doçura de nove soluções que continham entre zero a quatro por cento de açúcar. A sensibilidade à sacarose dos voluntários mostrou-se amplamente associada a duas variantes do gene TAS1R3, que desempenha um papel relevante na codificação do principal receptor de hidratos de carbono de sabor doce.

Os cientistas cruzaram então os resultados com uma a colecção de ADN de 1050 pessoas de todo o mundo – pertencente à base de dados genética francesa CEPH – e descobriram que a maioria dos europeus possui as duas variantes do gene correspondentes à sensibilidade à doçura. As variantes estão menos difundidas na Ásia e Médio Oriente e têm menor grau de prevalência em África.

O co-autor do estudo, e também geneticista, Dennis Drayna admite que a disparidade pode ter alguma relevância em termos evolutivos. “As pessoas que estudam dietas e evolução, salientaram que a maioria das plantas com elevados valores de açúcar, como a cana-do-açúcar, são plantas tropicais”, explicou à Science. Por esse motivo, acrescentou, “em latitudes mais a norte, há que ter maior sensibilidade ao açúcar para encontrar calorias”.

. Reflexão:
É um estudo interessante. Em cada continente, há especificidades climáticas que condicionam vários factores, como a sensibilidade ao açúcar. Podemos dizer que a característica de detectar o grau de sacarose nos doces, expressa-se através do fundo genético de uma população e assim também é possível distinguir as variações entre populações de diferentes continentes, que estão separadas geograficamente.



. Fontes:
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=33817&op=all#cont

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