sábado, 15 de maio de 2010

Notícia #29

Cientistas descobrem molécula responsável pela ressaca


Dores de cabeça, náuseas, muita sede e sensibilidade ao barulho e à luz costumam ser alguns dos sintomas depois de uma noite bem bebida.
Um grupo de neurocientistas da Universidade de Southampton acaba de descobrir a molécula responsável pela ressaca
.

Num artigo, publicado na PLoS One, os investigadores explicam que se trata de um neuropéptido, um ‘marcador’ do cérebro que ao activar-se é o responsável pela mescla de sensações e sintomas desagradáveis sofridos no dia seguinte à ingestão de uma quantidade significativa de álcool.


Os investigadores britânicos usaram o cérebro de um verme para o comparar ao nosso. Tudo porque a estrutura mais simples do Caenorhabditis elegans tem a particularidade de reagir de uma forma idêntica à do ser humano às intoxicações ou dependências do álcool.


A equipa, liderada por Lindy Holden-Dye, descobriu que, tal como o verme, o cérebro do ser humano quando exposto ao álcool durante um período prolongado de tempo, habitua-se a um certo grau de intoxicação.

Quando o consumo de álcool é interrompido, começa a ansiedade a debilidade, a agitação e até espasmos, um rodopio de sintomas que são característicos das ressacas na sua forma mais grave.

Holden-Dye explica que “a investigação mostra que os vermes sentem os efeitos do corte de álcool e isto permite-nos definir a forma em que este afecta os circuitos nervosos responsáveis pela alteração de comportamento”. Durante a fase de interrupção, os cientistas davam aos vermes pequenas quantidades de álcool e os seus sintomas suavizam de imediato.

Os autores do estudo foram capazes, pela primeira vez, de identificar exactamente de onde e como o consumo de bebidas alcoólicas afecta o sistema nervoso, o que “abre novas portas para o tratamento do alcoolismo”, refere Holden-Dye que acrescenta: “O nosso estudo proporciona um sistema experimental efectivo para atacar este problema”.


. Reflexão:
Quando o neuropéptido se activa, há um conjunto de sintomas e sensações desagradáveis, a chamada ressaca. Com a descoberta desta molécula será possível tratar o alcoolismo de um a forma mais eficaz, assim o Homem terá a capacidade de desenvolver técnicas e medicamentos de combate a esta dependência da sociedade. A investigação também pode ter um efeito inverso, isto é abrir as portas ao fabrico de novas armas químicas que minimizem ou eliminem por completo os efeitos posteriores ao consumo de álcool, podendo conduzir ao aumneto do consumo de alcóol.

. Fontes:


http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=42499&op=all#cont
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