sábado, 20 de fevereiro de 2010

Notícia #20

Britânica consegue ter filho após 18 abortos espontâneos


Uma mulher que sofreu 18 abortos espontâneos conseguiu realizar o sonho de se tornar mãe, após submeter-se a um tratamento especializado em Epsom, Londres.


Angie Baker, de 33 anos, descreveu como um «pequeno milagre» a sua filha Raiya, que nasceu a 9 de Dezembro. «Parece um sonho. Ela é perfeita em todos os sentidos», disse Angie. Esta mulher estava a tentar ter filhos desde os 20 anos de idade, mas todas as vezes que engravidou sofreu abortos espontâneos entre as cinco e oito semanas de concepção.

Angie recebeu tratamento para um subtipo de leucócitos, os glóbulos brancos presentes no sangue e responsáveis pela defesa contra microrganismos.

Utilizando testes disponíveis apenas em Epsom, Liverpool e Chicago, o médico Hassan Shehata, do hospital da Epsom and St. Helier University, descobriu que Angie tinha uma alta incidência das chamadas células NK (do inglês «natural killers», ou seja, células exterminadoras naturais). Essas células defensivas atacavam o feto, confundindo-o com um corpo estranho.
O médico, que supervisionador pacientes de diversas partes do mundo, disse que só conhecia, de leitura, um caso no qual uma mulher sofrera tantos abortos quanto Angie.
«Dezoito abortos espontâneos é um grande número. É mais fácil ter a sorte de ganhar na lotaria que o azar de ter 18 abortos espontâneos», comparou.
Segundo ele, os abortos espontâneos afectam uma em cada cinco mulheres grávidas. A hipótese de passar por essa situação duas vezes é uma em 25, e cinco vezes, uma em 15 mil.

Angie foi submetida a um tratamento que incluía a ingestão de uma elevada dose de esteróides duas semanas antes da concepção e 12 semanas depois.


. Reflexão:
Neste caso, a ciência conseguiu lutar contra os sucessivos abortos desta mulher, mas a quantidade de esteróides ingeridos, não podem causar problemas a médio e longo prazo ao bebé e à mãe?
Na minha opinião, o facto desta mulher ter conseguido levar a gravidez até ao fim é um «milagre», tendo em conta as probabilidades tão baixas que tinha. No entanto, acho que a ciência no seu caminho para o desenvolvimento, não se pode esquecer dos limites éticos para alcançar os seus objectivos. Os fármacos, assim como as diversas práticas, devem ser testados estudados e analisados de diversas perspectivas para que os danos sejam mínimos para a saúde pública. Os efeitos devem ser acompanhados tanto a curto, como a longo prazo.


. Fontes:
Diário Digital - 19.02.2010

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