domingo, 29 de novembro de 2009

Ser vivo da semana... Feto


Nome científico: Cristela dentada

Família: Thelypteridaceae

Ordem: Aspleniales

Estado: Vulnerável



_DESCRIÇÃO: Espécie tropical. Também habita locais com condições óptimas de calor e humidade.

_HABITAT: Na Andaluzia, em solos muito húmidos e lodosos, com muita cobertura vegetal. Nas Canárias nas florestas umbrófilas.

_CONSERVAÇÃO: A destruição do seu habitat é um dos principais factores de ameaça. Nas Canárias, por exemplo, existe competição com as plantas invasoras.

_DESTRUIÇÃO: Áreas tropicais e subtropicais. Na região mediterrânea, em Creta e na Península Ibérica.


. Reflexão:
Os fetos tem a capacidade de se reproduzirem assexuadamente através da multiplicação vegetativa ou sexuadamente, mas isto já vimos anteriormente. O que verdadeiramente me despertou a atenção pelos fetos, foi o facto destes no Carbonífero terem sido as plantas mais abundantes na Terra. Assim, explica-se a necessidade de um ambiente quente e húmido, ou seja, eles procuram um habitat, cujas características, sejam as mais semelhantes com as do Carbonífero.


. Fontes:
García, Arturo Majadas; Enciclopédia do estudante; Volume 4 – Ecologia ; Santillana Constância; 2008.

sábado, 28 de novembro de 2009

Origem da multicelularidade

O desenvolvimento de uma maior complexidade estrutural e metabólica foi conseguido através do desenvolvimento de organismos multicelulares. A cooperação e a divisão de tarefas, torna possível a exploração de recursos que uma célula isolada não pode utilizar.

Os ancestrais dos seres multicelulares seriam simples agregados de seres unicelulares, formando colónias. Inicialmente todas as célula desempenhavam a mesma função; contudo, ao longo do tempo algumas células da colónia ter-se-ão especializado em determinadas funções.

A diferenciação celular e a especialização celular, mantendo a interdependência entre as diferentes células da colónia, terão conduzido à multicelularidade.


O aparecimento da multicelularidade foi um passo crucial na evolução, trazendo grandes vantagens evolutivas:
 Maiores dimensões, mantendo-se a relação área/volume, ideal para as trocas com o meio externo;
Maior diversidade, proporcionando melhor adaptação a diferentes ambientes;
 Diminuição da taxa metabólica, resultado da especialização celular que permite uma utilização da energia mais eficaz;
 Maior independência relativamente ao meio ambiente, devido a uma eficaz homeostasia (equilíbrio do meio interno).



. Reflexão:
Já tínhamos visto a evolução das células procarióticas para células eucarióticas, agora debruçamo-nos na origem dos organismos multicelulares. Tudo terá começado devido ao aparecimento das colónias, que se foram tornando cada vez maiores e com um grau mais elevado de interdependência entre as suas células. Por sua vez, as células foram-se especializando no desempenho de determinadas funções, o que conduziu à formação dos tecidos, órgãos,… Na história evolutiva, podemos dizer que, há medida que foi aumentando a especialização, a vida na Terra transformou-se numa infinita diversidade. Assim, explicar os mecanismos através dos quais os seres pluricelulares se diversificaram e povoaram a Terra é um desafio que se coloca à Biologia de forma tão interessante quanto polémica.

. Fontes:
http://www.esplanhoso.net/biogeo11/texto9-unicelularmulticelular.htm


sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Notícia #10

Cérebro responde mais rapidamente à dor física que à dor mental


António Damásio afirma que as respostas do cérebro à dor física surgem e desaparecem mais rapidamente do que as respostas à dor mental. No texto sobre "Emoções e sentimentos", apresentado e sintetizado esta semana por Edmund T. Rolls, à margem das V Conferências Internacionais de Filosofia e Epistemologia do Instituto Piaget, em Viseu, o neurocientista português explica que, por exemplo, "a compaixão pela dor física evoca respostas mais rápidas na região do córtex insular [do cérebro] do que a compaixão pela dor mental".


Esta foi uma das hipóteses que viu confirmada num estudo que desenvolveu com Hanna Damásio e Mary Helen Immordino-Yang, no qual diz terem tido um "vislumbre" do que se passa no cérebro quando uma pessoa sente admiração e a compaixão.

O professor da Universidade do Sul da Califórnia considera que a admiração e a compaixão são duas das mais notáveis "emoções sociais", um grupo de emoções onde inclui também o embaraço, a vergonha, a culpa, o desprezo, o ciúme e o orgulho.

"Estas emoções são realmente provocadas em situações sociais e certamente desempenham papéis fundamentais na vida dos grupos sociais", refere, dizendo ser importante, neste âmbito, perceber se admiração e compaixão são diferentes e as regiões do cérebro com elas relacionadas.

Outra das conclusões a que chegaram, e que não previam, é que "a região do postero-medial córtex (PMC), que estava mais activa em situações de admiração por perícias e compaixão por dor física, era perfeitamente distinta da parte do PMC mais relacionada com a admiração por actos virtuosos e a compaixão por dor mental".

. Reflexão:
António Damásio é um neurocientista português reconhecido em todo o mundo e esta semana, foram reveladas algumas conclusões do seu mais recente estudo.
Na minha opinião, todos nós temos a percepção de que a dor mental é mais prolongada do que a dor física, e a forma como lidamos com ela é muito mais cuidada e por vezes, abala bastante as nossas estruturas emocionais e comportamentais, acho que de uma forma genérica a dor física é mais «curta» (existem casos em que pode deixar sequelas para o resto da vida). No entanto, o que não sabia era que o cérebro respondia mais rapidamente à dor física e que existem regiões que são mais perceptíveis à dor física e outros à dor psicológica!!!!

. Fontes:
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=37390&op=all#cont

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Dos procariontes aos eucariontes

Admite-se que os seres eucariontes só terão surgido há cerca de 1500 milhões de anos, isto é, cerca de 2000 milhões de anos depois dos procariontes. Surgiram modelos explicativos que procuram explicar o aparecimento dos seres eucariontes a partir dos procariontes que já povoavam a Terra.


Modelo Autogenético


Esta é uma hipótese pouco apoiada pela comunidade científica, pois não esclarece a causa dos fenómenos que descreve. Mais tarde, investigadores aperceberam-se das semelhanças entre componentes membranares das células eucarióticas e alguns seres procariontes, desenvolvendo outro modelo.



Modelo Endossimbiótico

Defende que a célula eucariótica teria resultado da incorporação de organismos procariontes, por parte de outros seres procariontes primitivos. Baseia-se em associações entre organismos diferentes, em que um deles (endossimbionte) vive no interior do outro, beneficiando ambos dessa relação. Assim, Os organismos tornam-se dependentes uns dos outros e passam a constituir organismos estáveis e singulares. Os cloroplastos, ter-se-ão originado a partir da captura de cianobactérias uma vez que estas têm pigmentos fotossintéticos, e as mitocôndrias terão resultado da incorporação de bactérias com eficiente capacidade respiratória.


A ideia de endossimbiose foi devidamente fundamentada em 1967, por Lynn Margulis, uma investigadora que estudou o DNA das mitocôndrias e dos cloroplastos. Argumentos que defendem este modelo:
- Mitocôndrias e cloroplastos assemelham-se a bactérias (forma, tamanho, composição membranar);
- Cloroplastos e mitocôndrias têm o seu próprio genoma e produzem as próprias membranas internas, dividindo-se independentemente da célula e contendo moléculas de DNA circulares tal como as dos procariontes actuais;
- Os ribossomas dos cloroplastos e mitocôndrias são muito mais semelhantes (tamanho, características bioquímicas) aos dos procariontes que aos dos eucariontes;
- É possível encontrar associações simbióticas entre báctérias e alguns eucariontes (ex. Amibas e bactérias).

A partir deste modelo admite-se que surgiram primeiro as células heterotróficas, e só depois as autotróficas.
No entanto este modelo não explica a origem do núcleo da célula eucariótica e dos restantes organelos membranares, bem como o facto do DNA nuclear comandar o funcionamento das mitocôndrias e dos cloroplastos. Assim, deve-se conciliar os dois modelos autogenético e endossimbiótico na explicação da origem dos seres eucariontes.



. Reflexão:
Ambos os modelos defendem que os eucariontes tiveram origem nos eucariontes. No entanto, segundo a hipótese autogénica, os eucariontes são o resultado de uma evolução gradual dos eucariontes, através de sucessivas invaginações. Por outro lado, o modelo endossimbiótico fundamenta esta evolução, nas associações de procariontes, em que o hóspede se coloca na total dependência do hospedeiro e vice-versa.
Podemos concluir que os dois modelos são complementares, dado que a associação de ambos procura colmatar os pontos fracos de um, com os pontos fortes do outro e que na evolução dos procariontes para os eucariontes terão ocorrido fenómenos dos dois tipos.

. Fontes:

http://www.esplanhoso.net/biogeo11/texto7-procariontesaoseucariontes.htm

domingo, 22 de novembro de 2009

Notícia #9

Dormir previne Alzheimer

Um estudo da Universidade de Saint Louis, nos Estados Unidos, revela que dormir pouco é uma das causas do desenvolvimento de placas tóxicas no cérebro, factor que influencia a progressão do Alzheimer.


David Holtzman, responsável pela investigação, recorreu a dez homens saudáveis e a cobaias geneticamente modificadas para realizar o seu estudo e verificou que o sono afecta os níveis da proteína beta-amiloide. Esta proteína está relacionada com a criação de placas tóxicas que alteram o funcionamento cerebral, causando a doença de Alzheimer.

Segundo as observações do neurologista, os níveis de beta-amiloide são mais elevados quando se está acordado do que quando se está a dormir. O mesmo acontece com as placas tóxicas, que se desenvolvem maioritariamente quando se é privado do sono.

No estudo publicado na revista Science, Holtzman sugere que dormir bastante pode ser um dos meios mais simples para se prevenir esta doença neurodegenerativa que poderá vir a afectar 70 mil portugueses nos próximos anos .

. Reflexão:
Dormir faz bem, isso todos sabemos. No entanto, não sabíamos que o sono desempenhava um papel tão importante na prevenção de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer. Assim, questiono-me: as pessoas que têm uma tendência natural para dormir pouco, têm uma propensão maior a desenvolverem a doença de Alzheimer? Ou não está relacionado dado que já está inerente ao indivíduo, neste casos será que verificam a alteração dos níveis da proteína beta-amiloide? Estas são questões a que a ciência deverá responder rapidamente, contudo ficámos avisados de possíveis consequências no futuro e mais uma vez se aplica o famoso provérbio «Dormir dá saúde e faz crescer»!!!!

. Fontes:
http://www.cienciahoje.pt/670

Ser vivo da semana... Turaco-de-crista-vermelha

Nome científico:
Tauraco erythrolophus


Família: Musophagidae

Ordem: Cuculiformes

Estado: Vulnerável



_DESCRIÇÃO: Têm uma coloração brilhante baseada no pigmento vermelho, que contém uma certa quantidade de cobre – caso único no mundo – e no verde, e uma crista típica. Têm asas curtas e uma cauda comprida e dois pares de esporões em cada pata.
_HABITAT:
Na savana e nas florestas densas. Encontra-se apenas nas zonas altas da floresta.
_ALIMENTAÇÃO:
Principalmente fruta.
_COSTUMES:
Corre com agilidade por entre os ramos.


. Reflexão:
Antes desta postagem , não tinha conhecimento que algum animal do mundo fosse «coberto» por cobre. Realmente, a diversidade de espécies que o nosso planeta oferece, vai muito para além da nossa imaginação. Sabemos que cada animal, cada planta tem um conjunto de características que lhes são peculiares, mas existem algumas perante as quais ficamos estupefactos, como é o caso desta maravilha da natureza. Deste modo, há que preservá-la para podermos continuar a integrá-la nas «espécies especiais».



. Fontes:
García, Arturo Majadas; Enciclopédia do estudante; Volume 4 – Ecologia ; Santillana Constância; 2008.

sábado, 21 de novembro de 2009

Ciclo de vida diplonte - Homem

O ser humano reproduz-se exclusivamente de forma sexuada, assim como os mamíferos.



_ É a fecundação que dá início à diplofase.

_ Forma-se o zigoto que sofre mitoses sucessivas originando um ser vivo adulto.

_ As células da linhagem sexual do ser adulto sofrem meiose e originam espermatozóides e óvulos.

_ Os gâmetas são as únicas células haplóides.
_ A diplofase ocupa quase a totalidade da duração do ciclo, sendo o homem um ser diplonte.

. Reflexão:
O Homem é um ser diplonte, possui células diplóides (2n), e a haplofase está reduzida aos gâmetas. Tal como nos outros casos, há uma alternância das fases nucleares, haplofase e diplofase, sendo que a que tem, maior dominância é o diplofase, daí ser um ciclo diplonte.

. Fontes:
http://e-porteflio.blogspot.com/2008/11/ciclos-de-vida.html



Ciclo de vida de um haplodiplonte - polipódio

O polipódio é um feto em que a planta adulta constitui o esporófito. O polipódio reproduz-se assexuada (por fragmentação vegetativa do rizoma) e sexuadamente.

Processo de reprodução sexuada do poliopódio:



_ Durante a época de reprodução, desenvolvem-se soros na parte inferior das folhas. Os soros são grupos de esporângios (estruturas pluricelulares que, quando jovens, contêm células-mãe de esporos);

_ No processo reprodutivo, as células-mãe dos esporos contidas nos esporângios sofrem meiose, originando esporos;

_ Os esporângios rompem-se, libertando os esporos;

_ Os esporos caem na terra e germinam - cada um deles origina uma estrutura designada protalo;

_ O protalo é um gametófito que possui anterídeos, onde se formam anterozóides, e arquegónios, onde se formam oosferas;

_ Os anterozóides nadam até aos arquegónios, nos quais se vão fundir com as oosferas;

_ Da fecundação resulta um zigoto diplóide que, por mitoses sucessivas, origina um esporófito de vida independente. A fecundação está dependente de água.



. Reflexão:
O polipódio é um ser haplodiplonte, dado que apresenta alternância de gerações. No entanto, a fase diplóide é mais desenvolvida do que a haplóide, pois nela integra-se o feto adulto. Tal como a espirogira tem a capacidade de se reproduzir assexuadamente e sexuadamente, consoante as condições do meio. É importante recordar que uma das vantagens reprodução sexuada é a variabilidade genética adjacente ao processo, contrariamente à reprodução assexuada em que os indivíduos formados são idênticos.

. Fontes:
http://e-porteflio.blogspot.com/2008/11/ciclos-de-vida.html

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Ciclo de vida de um haplonte - espirogira


A espirogira é uma alga de água doce. Reproduz-se assexuadamente, por fragmentação, em condições favoráveis. Os filamentos celulares quebram, originando fragmentos que, por divisões sucessivas das células, regeneram novos tecidos.
Quando as condições são desfavoráveis, a espirogira reproduz-se sexuadamente.

Processo de reprodução sexuada da espirogira:


_ Formam-se saliências nas células de dois filamentos que se encontram próximos;

_ As saliências crescem e entram em contacto;

_ Forma-se um canal (tubo de conjugação), por desagregação da parede no ponto de contacto;

_ Num dos filamentos, observa-se a condensação do conteúdo de cada célula, que se desloca pelo tubo de conjugação até à célula do outro filamento - constitui o gâmeta dador; o conteúdo celular que se mantém imóvel constitui o gâmeta receptor;

_ Os conteúdos celulares fundem (fecundação), formando-se um zigoto diplóide em cada célula receptora;

_ Os filamentos desagregam-se, após a fecundação;

_ Quando as condições se tornam favoráveis ocorre uma meiose no zigoto, formando-se quatro núcleos haplóides;

_ Três destes núcleos degeneram, ficando a célula com um único núcleo haplóide;

_ A partir desta célula haplóide forma-se, por mitoses sucessivas, um novo filamento de espirogira.


. Reflexão:

A espirogira é uma alga verde pluricelular filamentosa que tem a capacidade de se reproduzir de dois modos: assexuadamente e sexuadamente.
Como sabemos a reprodução assexuada ocorre quando as condições do meio são favoráveis, através da fragmentação. Já a reprodução sexuada ocorre sob condições ambientais desfavoráveis, altura em que dois filamentos celulares se colocam um ao lado do outro, formando-se entre algumas das suas células tubos de conjugação e depois temos apenas a formação de uma célula haplóide «funcional».
Este ciclo de vida é considerado haplonte, pois a fase diplóide (2n) está representada apenas por uma célula – o zigoto. O organismo adulto é haplóide.

. Fontes:
http://e-porteflio.blogspot.com/2008/11/ciclos-de-vida.html

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Ciclos de vida

O ciclo de vida de um ser vivo é a sequência de etapas por que passa o organismo desde a sua origem até ao momento em que transmite a vida aos seus descendentes.

Num ciclo de vida de um ser que se reproduz sexuadamente há dois fenómenos complementares: a fecundação e a meiose. A fecundação, ao duplicar o número de cromossomas do ovo, inaugura uma etapa do ciclo de vida em que as estruturas dele resultantes são constituídas por células diplóides – a diplofase – que termina na meiose. A meiose dá ínicio a uma etapa do ciclo de vida em que as estruturas possuem células haplóides – a haplofase – que termina na fecundação. Esta alternância entre diplofase e haplofase chama-se alternância de fases nucleares.


Há diversos ciclos de vida, no entanto eles possuem em comum a complementaridade da meiose e da fecundação e uma alternância de fases nucleares. Os ciclos de vida distinguem-se sobretudo pelo momento do ciclo em que ocorre a meiose. Existem assim três tipos de ciclos de vida:

_Ciclo de vida haplonte – a meiose ocorre imediatamente após a formação do ovo – meiose pós-zigótica. A diplofase está resumida ao ovo, pertencendo todas as outras estruturas à haplofase, incluindo o organismo adulto.

_Ciclo de vida diplonte – a meiose ocorre antes da formação dos gâmetas – meiose pré-gamética. As gâmetas são as únicas células haplóides devido a este acontecimento, sendo todas as outras estruturas pertencentes à diplofase, incluindo o organismo adulto.

_Ciclo de vida Haplodiplonte - a meiose ocorre antes da formação de esporos – meiose pré-espórica. A haplofase inicia-se com os esporos que, através de mitoses sucessivas, originam estruturas multicelulares, os gametófitos, onde se formarão os gâmetas femininos e masculinos (oosferas e anterozóides). Após a fecundação, o zigoto inicia a diplofase e origina uma entidade multicelular diplóide que, na maioria das plantas, é a planta adulta. Essa planta adulta, o esporófito, irá sofrer meiose originando esporos. Para além de ocorrer alternância de fases nucleares, existe também uma alternância de gerações, a geração gametófita e a geração esporófita.

. Reflexão:

Todos os organismos com reprodução sexuada têm ciclos de vida. Assim, pode-se afirmar que o ciclo de vida de um organismo é o conjunto de transformações que este experimenta desde o seu nascimento até à produção da sua própria descendência. Nos próximos dias, serão abordados casos espécíficos, como a espirogira, o polipódio e o do Homem.

. Fontes:

http://e-porteflio.blogspot.com/2008/11/ciclos-de-vida.html

domingo, 15 de novembro de 2009

Ser vivo da semana... Colibri


Nome científico: Colibri delphinae

Ordem:
Trochiliformes

Família: Trochilidae

_ DESCRIÇÃO: Os colibris são aves tropicais, que se encontram no continente americano, no Equador na Colômbia e no Brasil. A família dos colibris (Trochiladae) é formada por 338 espécies. Apresentam uma coloração muito brilhante, sobretudo os machos, mas nas plumas não se encontra a cor vermelha nem a amarela.
O seu bico é comprido e recto ou ligeiramente curvado. Alimenta-se do néctar que sugam das flores, do qual recebem a fonte de energia que necessitam, pois gastam demasiada. O coração tem um ritmo de 500 batimentos por minuto em descanso e o dobro se estiverem a realizar qualquer actividade. Têm um sistema respiratório com sacos de ar internos que os ajudam a manter a temperatura.
_HABITAT:
zonas de floresta montanhosa
_CURIOSIDADE:
O colibri mais pequeno do mundo é o colibri-cubano (Mellisuga helenae), que mede cerca de de 5 cm.


. Reflexão:
Nas florestas tropicais encontra-se mais de metade da biodiversidade do planeta e colibri é uma dessas espécies, que habita locais que estão cada vez mais em perigo de extinção, devido à destruição dos seus habitats naturais.
Esta ave de pequenas dimensões, permitiu-me recordar conteúdos abordados no ano anterior, dado que possui um sistema respiratório constituído por sacos áereos anteriores e posteriores, que lhe permite voar a elevadas altitudes e manter o equilíbrio durante o voo, assim como as elevadas taxas metabólicas, este é também um dos motivos pelos quais o seu ritmo cardíaco oscila entre os 500 a 1000 batimentos por minuto.
Sem dúvida, que existe muito por descobrir na natureza, principalmente nas florestas tropicais, em que cada m2 se encontram novas espécies.
. Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Colibri_(g%C3%A9nero)

sábado, 14 de novembro de 2009

Mitose e meiose: aspectos comparativos

Nos processos de reprodução, a divisão celular é fundamental. Assim, a mitose permite a formação de células geneticamente iguais à célula parental, enquanto que a meiose proporciona a formação de células haplóides (apenas ocorre na reprodução sexuada).Aqui fica, um quadro comparativo dos dois processos.


É importante referir que em ambas as divisões celulares, o DNA só se replica uma vez, que antecede ao processo.



. Reflexão:
Podemos concluir que a mitose é um processo que assegura a estabilidade genética, pois são formadas células geneticamente idênticas à célula-mãe. Por sua vez, a meiose contribui para a variabilidade genética, dado que as quatro células resultantes (haplóides), possuem metade do número de cromossomas que as originou e combinações diferentes de genes, relativamente à célula inicial.

. Fontes:

http://labio.zip.net/images/mitose-meiose.jpg

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Mutações cromossómicas

Uma mutação é uma alteração brusca do DNA. Estas podem ser: génicas (quando modificam os genes) ou cromossómicas. Nesta postagem, serão focadas as últimas.

Durante a meiose poderão ocorrer erros que conduzem a alterações na estrutura ou no número de cromossomas das células resultantes. As mutações cromossómicas podem, então, ser numéricas ou estruturais.



MUTAÇÕES NUMÉRICAS

_ Anomalias em que há alteração do número de cromossomas. Podem ocorrer em diferentes etapas da meiose:

  • Durante a divisão I - pela não separação de cromossomas homólogos;
  • Durante a divisão II - pela não separação de cromatídios de cada cromossoma;


As alterações numéricas são divididas em dois grupos:

Aneuploidias: em que há um aumento ou diminuição de um ou mais pares de cromossomas, mas não de todos. Podendo-se subdividir em:

__Trissomias autossómicas: Síndrome de Down (trissomia 21-na figura), Trissomia 18, trissomia 13;
__Monossomia autossómica : Síndrome de Turner (45, X), ocorre a nível dos cromossomas sexuais.

Euploidias: alteração do conjunto de cromossomas (emparelhamento dos cromossomas). A sobrevivência de um indivíduo euplóide é impossível, e quase todos os casos de triploidia (3n) ou de tetraploidia (4n) resultaram em abortos espontâneos. Os tetraplóides são sempre 92, XXXX ou 92, XXYY.
Estas alterações ao nível dos gâmetas, quer por excesso ou défice de cromossomas, podem causar problemas nos indivíduos que resultem do desenvolvimento de ovos, em cuja formação desses gâmetas interveio.



MUTAÇÕES ESTRUTURAIS

_ Envolvem alterações no número ou no arranjo dos genes, mas mantém-se o número de cromossomas.
_ Estas mutações são causadas sobretudo pela ruptura da estrutura linear dos cromossomas durante o fenómeno crossing-over, seguida de uma reparação deficiente, que é responsável pelo aparecimento de sequências anormais de genes.



Figura - Em A,B e C as alterações ocorrem ao nível da estrutura de um cromossoma, envolvendo um só cromossoma ou um par de cromossomas homólogos. Em D, as alterações envolvem a transferência de um segmento de um cromossoma para outro cromossoma não homólogo.


. Reflexão:
Tal como sabemos, as mutações cromossómicas, tal como as génicas, podem ser espontâneas ou induzidas por agentes exteriores como raios X, ou agentes químicos.
A maioria das mutações são prejudiciais para o indivíduo que é portador ou para os seus descendentes. Contudo, algumas delas podem ser benéficas e melhorar as condições de vida dos seus portadores. Deste modo, como já foi mencionado noutra postagem, as mutações constituem uma fonte importante de variabilidade genética, permitindo a evolução das espécies e a diversidade de organismos, como é o caso do leopardo e da pantera negra. Esta resultou de uma mutação de um cromossoma relativamente ao leopardo.


. Fontes:

http://www.infopedia.pt/$mutacao-cromossomica

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Notícia #8


Investigadores japoneses «rejuvenescem» óvulos

Um grupo de cientistas japoneses desenvolveu uma técnica para rejuvenescer óvulos de mulheres mais velhas, injectando o núcleo de óvulos saudáveis recolhidos em mulheres com menos de 35 anos.Técnica pode aumentar taxas de sucesso de tratamentos de fertilização.

Os resultados da investigação, que foram publicados na última edição da revista New Scientist, fazem prever que esta técnica poderá aumentar as hipóteses de sucesso dos tratamentos de fertilização in vitro nas mulheres mais velhas.


A equipa de Atsushi Tanaka, investigador do St. Mother Hospital, em Kitakyushu, retirou os núcleos de 31 óvulos de mulheres que estavam a ser sujeitas a tratamentos de fertilidade, introduzindo os núcleos de óvulos saudáveis.

Deste conjunto, 25 óvulos tornaram-se viáveis e ao serem injectados com esperma, sete geraram embriões num estado primário, chamados blastocistos.Estes resultados equivalem a uma taxa de fertilização de 28 por cento, significativamente superior aos três por cento conseguidos em óvulos que não foram sujeitos a esta técnica.

Tanaka referiu que o próximo passo desta investigação passará por transferir os blastocistos para o útero. “Se conseguirmos transferir esses novos embriões, acredito que a taxa de sucesso [de gerar uma gravidez] seria alta”, afirmou o cientista.



. Reflexão:
Esta técnica desenvolvida por cientistas japoneses, é um importante passo para que, as mulheres possam ter filhos cada vez mais tarde. No entanto, outras questões se levantam, se os óvulos são rejuvenescidos, a partir de núcleos de óvulos saudáveis de outras mulheres, então, se todo processo for bem sucedido, a criança terá as características da mãe (com óvulos saudáveis). Deste modo, tenho a seguinte pergunta «quem é a verdadeira mãe?», sabemos que o núcleo é de uma (saudável) e o óvulo da outra, será da que fornece o núcleo? Bem, talvez não, não é ela que deseja o filho, mas também não será da outra, dado que o núcleo não lhe pertence, logo o bebé não vai conter uma cópia do seu material genético. Neste campo, a ciência tem também de se debruçar, pois não estão a ser ponderados os problemas éticos e deontológicos adjacentes a este método. Na realidade, não conseguimos afirmar quem é a mãe efectiva!!!


. Fontes:

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=36911&op=all#cont

domingo, 8 de novembro de 2009

Ser vivo da semana... Rã-azul-venenosa


Nome científico: Dendrobatidae

Ordem: Anura

Estado: vulnerável



_ DESCRIÇÃO: São rãs com cerca de 1,5 cm e de cores muito atractivas, sobretudo as das patas. Estas cores são associadas à presença de toxinas (alcalóides na pele) .
_ HABITAT:
Vivem no solo das selvas tropicais e nos ramos das árvores, até 2m de altura.
_ALIMENTAÇÃO:
Principalmente de insectos (larvas de moscas, moscas adultas e formigas).


. Reflexão:
As toxinas presentes na pele desta rã, já eram utilizadas em tempos remotos pelos índios do Amazonas, que as utilizavam nas suas flechas, como veneno para caçarem as suas presas. Na minha opinião, é interessante saber que, já estas comunidades sabiam que tal rã, para além de ter uma cor atractiva, constituía um auxílio importante à sobrevivência. Este anfíbio pertence à ordem Anura, sendo caracterizado por carecer de cauda e por estar melhor adaptado ao meio terrestre, do que aqueles que possuem cauda (urodelos).


. Fontes:
García, Arturo Majadas; Enciclopédia do estudante; Volume 4 – Ecologia ; Santillana Constância; 2008.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Reprodução sexuada: Fecundação e meiose

A reprodução sexuada implica que ocorra a fusão de dois gâmetas (o feminino e o masculino), ou seja, é necessário que ocorra fecundação. A célula resultante vai ser o ovo ou zigoto que, no seu núcleo, tem cromossomas de origem paterna e materna. A cada par de cromossomas, um de origem materna e outro de origem paterna, chama-se cromossomas homólogos, que têm a mesma forma, estrutura, e têm informação genética para os mesmo caracteres.


Às células, como o ovo, cujos núcleos têm pares de cromossomas homólogos, chamam-se células diplóides, representando-se a sua constituição cromossómica por 2n.

Conclui-se assim, que a fecundação tem como consequência uma duplicação cromossómica. No entanto, para que a quantidade de DNA de cada espécie se mantenha constante de geração em geração, é preciso que ocorra um processo de divisão nuclear, a meiose.

MEIOSE

Neste processo, o número de cromossomas é reduzido para metade. Origina células haplóides, uma vez que vão ter apenas um cromossoma (n) de cada par de cromossomas homólogos da célula original.

Na meiose ocorrem duas divisões fundamentais: a divisão I, ou divisão reducional; e a divisão II, ou divisão equacional.

A divisão I ocorre após a Interfase (como a mitose). Como no período S da interfase ocorre replicação de DNA, os cromossomas no início da meiose serão formados por dois cromatídios.

A divisão I divide-se em quatro subfases:

_ PRÓFASE I: Os cromossomas incurtam e engrossam por espirilização. Ocorre emparelhamento de cromossomas homólogos - sinapses- formando-se díadas cromossómicas, e como cada cromossoma tem 2 cromatídios, designa-se por tétrada cromatídica. Ao dar-se o emparelhamento surgem pontos de quiasma nos pontos de cruzamento entre 2 cromatídios dos cromossomas homólogos. Ocorre o fenómeno de crossing-over - recombinação de genes de cromatídios de cromossomas homólogos. O nucléolo e o invólucro nuclear dissolvem-se, e inicia-se a formação do fuso acromático.


_ METÁFASE I: Os pares de cromossomas ligam-se a microtúbulos do fuso acromático pelos centrómeros, e dispõem-se no plano equatorial do fuso acromático aleatoriamente, ficando os cromossomas de cada par de homólogos com os centrómeros orientados para os pólos opostos e os pontos de quiasma na região equatorial.


_ ANÁFASE I: Ocorre a separação ao acaso dos cromossomas homólogos e, em seguida, ocorre a ascensão polar devido à quebra dos pontos de quiasma e, assim, um cromossoma de cada par de homólogos dirige-se para um dos pólos. Ocorre redução, para metade, do número de cromossomas.


_ TELÓFASE I: Os cromossomas descondensam-se. Desaparece o fuso acromático. Reconstitui-se a membrana nuclear. Inicia-se a individualização de dois núcleos haplóides, que têm metade do número de cromossomas do núcleo diplóide inicial.

A divisão II divide-se em quatro subfases:
_ Prófase II
_ Metáfase II
_ Anáfase II
_ Telófase II

Em cada subfase, o procedimento é igual ao da Mitose. No final da divisão II formam-se 4 células haplóides, contendo, cada uma, um cromossoma de cada par de homólogos da célula inicial.


. Reflexão:

Através desta postagem, pode-se concluir que na reprodução sexuada ocorrem dois processos complementares, a fecundação e a meiose. Na fecundação efectua-se uma duplicação cromossómica e na meiose uma redução do número de cromossomas para metade. É a reprodução sexuada que assegura a variabilidade genética, pois é através deste processo que há a «evolução» das características dos indivíduos. Se o Homem se reproduzisse através da reprodução assexuada, seriamos todos iguais.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Reprodução assexuada


A reprodução é o conjunto de processos pelos quais os seres vivos originam novos indivíduos idênticos a si próprios, permitindo a continuidade das gerações. Há dois tipos fundamentais de reprodução: a sexuada e a assexuada. A reprodução baseia-se sempre na divisão celular e na capacidade de replicação do DNA, o que garante a passagem de informação genética ao longo das gerações.

Na reprodução assexuada formam-se novos indivíduos a partir de um só progenitor, sem ocorrer fecundação e ocorre nos seres procariontes, na maioria dos seres unicelulares eucariontes e em alguns seres multicelulares.

Há vários processos da reprodução assexuada:

• A bipartição : a célula divide-se em duas células-filhas idênticas (ex: paramécia, bactérias, planária);


• A gemulação: surgem pequenas saliências (gomos ou gemas) no progenitor que se desenvolvem e separam originando um novo ser, inicialmente de pequena dimensão (ex: leveduras, hidra, anémonas-do-mar);


• A esporulação: ocorre produção (em órgãos especializados, os esporângios) de células reprodutoras, designadas de esporos capazes de originar novos descendentes quando as condições do meio são favoráveis (ex: bolor do pão ou da fruta);


• A partenogénese: a partir de óvulos não fecundados originam-se novos indivíduos (ex: rotíferos, dáfnias, e pulgões ou afídios);
• A fragmentação: ocorre a fragmentação do organismo em várias porções capazes de regenerar as partes em falta para constituir um novo organismo completo (ex: estrela-do-mar; algas; plantas);
• A multiplicação vegetativa: ocorre a formação de novos seres a partir de determinados órgãos vegetais: raízes, caules (rizomas, tubérculos) e folhas. Isto porque, há porções de determinados órgãos (meristemas) com grupos de células indiferenciadas que originam novos seres vivos. Algumas técnicas como a enxertia, mergulhia, alporquia e a micropropagação in vitro são utilizadas frequentemente na floricultura, fruticultura e silvicultura.

Neste tipo de reprodução verificam-se multiplicações celulares em que o núcleo se divide por mitose e, por isso, os indivíduos das sucessivas gerações são idênticos geneticamente entre si e ao respectivo progenitor sendo designados de clones. Consequentemente, estes processos reprodutivos são modos diferentes de clonagem. A reprodução assexuada mantém, deste modo a estabilidade dos caracteres nos indivíduos de uma espécie.




. Reflexão:

Podemos concluir que a reprodução assexuada em seres unicelulares e em seres pluricelulares pode efectuar-se através de diversos processos, em que apenas intervém um progenitor.
Hoje em dia, também em laboratório é possível recorrer à reprodução assexuada, nomeadamente a mitose, para «criar» organismos geneticamente iguais. Tal pode acontecer nas plantas, utilizando técnicas, como a micropropagação, ou em animais, o caso da ovelha Dolly.


. Fontes:

García, Arturo Majadas; Enciclopédia do estudante; Volume 4 – Ecologia ; Santillana Constância; 2008.

domingo, 1 de novembro de 2009

Ser vivo da semana...Rinoceronte branco


Nome Científico: Ceratotherium simum

Família: Rhunocerotidae

Ordem: Perissodactyla

Estado: Menor risco.


_DESCRIÇÃO: Pode chegar a pesar 3,5 toneladas, sendo o segundo maior animal terrestre a seguir ao elefante. Apesar do seu tamanho, consegue ser muito ágil. É cinzento-escuro e denomina-se branco devido à cor da crosta seca que se forma depois de se rebolar na lama. O crânio é alongado e tem lábios grossos que usa para comer ervas rasteiras.

_ HABITAT: Vive em savanas perto de zonas com água.

_CONSERVAÇÃO: Há algumas décadas encontrava-se em vias de extinção, mas foi salvo graças a eficazes medidas de protecção que foram tomadas. Actualmente, o aumento da população é considerável.



. Reflexão:
O rinoceronte-branco é um caso de sucesso no que toca à preservação da espécie. As medidas de implementadas para salvaguardar a espécie surtiram efeito e felizmente, hoje em dia a sua população é das menos ameaçadas. No entanto, a conservação deste imponente animal tem de continuar. Dado que só existem cinco espécies, perder qualquer uma delas seria bastante prejudicial para a biodiversidade do nosso planeta!!!



. Fontes:
García, Arturo Majadas; Enciclopédia do estudante; Volume 4 – Ecologia ; Santillana Constância; 2008.
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